Empresa de ônibus fundada por líder petista pagava R$ 70 mil por semana em esquema de propina ao PCC, diz polícia

Mensagens encontradas no celular de Adauto Soares Jorge, ex-diretor da empresa de ônibus Transunião, revelam pagamentos semanais de R$ 70 mil ao Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a polícia. A investigação, conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), está sob sigilo de Justiça. A informação é do Estadão. 

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A investigação do caso, que envolve extorsões, lavagem de dinheiro e organização criminosa, começou com o inquérito sobre o assassinato de Adauto, morto a tiros em 4 de março de 2020. Segundo a polícia, a morte pode estar relacionada ao esquema de propina. Adauto teria sido morto a mando do PCC por se recusar a aumentar os repasses para a facção. A apuração 

Senival Moura, vereador do PT e líder da oposição na Câmara Municipal de São Paulo, foi um dos fundadores da Transunião. A polícia investiga se ele também está envolvido no esquema de propina. Já Devanil Souza Nascimento, conhecido como Sapo, foi investigado no inquérito sobre o homicídio com a suspeita de ter conduzido Jorge até o local do crime. 

As defesas dos envolvidos negam as acusações. O advogado do vereador Senival Moura afirma que não há provas contra ele. Já a defesa de Devanil Souza Nascimento, ex-funcionário da Transunião, diz que ele é inocente. O advogado de Jair Ramos de Freitas, o Cachorrão, acusado de matar Adauto, diz que seu cliente não foi reconhecido pelas testemunhas.

A Transunião é uma das três empresas de ônibus da cidade de São Paulo cujos diretores ou acionistas são investigados por crimes ligados ao PCC. Ela opera em dois lotes do sistema de transporte público da capital com uma frota de 467 ônibus.