Eleições

“O PMDB quer tudo”, alfineta Márcio Marinho ao endossar coro por João Roma

Publicado em 27/07/2016, às 18h50   Luiz Fernando Lima e Eliezer Santos


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O deputado federal Márcio Marinho lidera a bancada do PRB na Câmara e não está diretamente envolvido nas discussões composição da chapa majoritária que disputará a eleição de outubro para a chefia a prefeitura de Salvador, contudo, coube a ele, em 2012, ser o candidato do PRB na sucessão de João Henrique, então prefeito da capital baiana.

Embora venha se dedicando às tarefas institucionais do partido, Marinho afirma que endossa o pleito do presidente municipal do PRB, deputado estadual Sildevan Nóbrega, que juntamente com a presidente estadual, deputada federal Tia Eron, têm defendido o nome de João Roma na condição de vice na chapa.

Os últimos movimentos políticos que ressoaram na imprensa baiana dão conta de Roma subiu na balança e passou a ser favorito numa disputa direta com Bruno Reis (PMDB) para acompanhar Neto na campanha e, se vitoriosos, após ela. Neste sentido, Marinho diz que é importante entender que PRB “tem mais a oferecer ao prefeito”.

“Eu vejo Lúcio [Vieira Lima] arrotando que tem cinco minutos de televisão. Não podemos pensar somente nos cinco minutos. Quem mais terá militância para ir às ruas? O PRB vai fazer, no mínimo, quatro vereadores para dar sustentação a partir de 2017”, contestou, durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quarta-feira (27). "Numa eleição sem financiamento privado a participação da militância será grande e a gente sabe que o PRB tem mais a oferecer neste quesito”, completou.

Para o parlamentar, a análise de que PMDB, por ter o presidente interino Michel Temer e ministérios, teria mais interlocução em Brasília não é convincente, vez que o próprio DEM tem o presidente da Câmara dos Deputados e o PRB um ministério. Além, segundo Marinho, do próprio Neto que tem trânsito livre na capital federal.

“Não existe só o PMDB na base do prefeito. Eles querem a vice prefeitura e uma vaga no Senado em 2018. Política se faz com parceria, com espaço. O PMDB quer tudo. Todos nós fazemos parte da mesma base que dá sustentação da base do presidente Michel Temer. Pleitear a vice e o Senado, com todo respeito que tenho a Geddel e a Lúcio, não é justo. O prefeito está analisando isso”.

O prefeito está em Brasília para conversar com o presidente licenciado do PRB, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Pereira. 

Sobre o destino do PRB em caso de negativa do demista, Marinho avisa. “Vamos bater o pé, se não acontecer, a responsabilidade é do próprio prefeito”. 

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Matéria publicada originalmente às 16h47 e atualizada às 18h50

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