Política

Eduardo Leite aciona MP contra Jean Wyllys por declaração polêmica

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O bate-boca entre os dois começou por conta de um debate sobre o modelo de escola cívico-militar  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 20/07/2023, às 11h16 - Atualizado às 12h47


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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), utilizou as suas redes sociais nesta quinta-feira (20) para anunciar que acionou o Ministério Público do Rio Grande do Sul com uma representação contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT).

No post, Leite diz ter se sentido vítima de “homofobia, preconceito e discriminação” por parte de Wyllys, que chamou o governador gaúcho de “gay com homofobia internalizada”. O tucano é homosexual.

“Quando Roberto Jefferson [presidente afastado do PTB] disparou ofensas homofóbicas contra mim, entrei com uma representação no Ministério Público contra ele. Quando [Jair] Bolsonaro, enquanto presidente, veio ao Rio Grande do Sul e fez uma piada com insinuações de mau gosto, eu fiz uma interpelação judicial”, disse Leite.

“Por isso, agora quando Jean Wyllys dispara ataques a uma decisão que tomei como governador e que ele pode não concordar, pode ter outra visão, mas tenta associar à minha orientação sexual e até a preferências sexuais, eu devo também entrar com uma representação contra ele. Fiz essa representação”, acrescentou.

“Não interessa se é da direita ou da esquerda, o que importa é que homofobia, preconceito, discriminação não podem ser tolerados. Venha do lado que vier, não pode ser tolerado”, complementou o governador do Rio Grande do Sul.

Em contato com o BNews, assessoria de Jean Wyllys informou que o ex-deputado ainda não foi notificado e que não vai se pronunciar oficialmente sobre o caso.

A declaração de Jean Wyllys contra Eduardo Leite ocorre na última sexta-feira (14). O embate entre os dois começou por conta de um debate sobre as escolas cívico-militares, modelo educacional criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e encerrado pelo governo Lula na semana passada, mas mantido por governadores, como Leite.

 “Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, escreveu Wyllys.

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