Direto de Brasília

Não cometi nenhum crime dos quais sou acusada, reitera Dilma no Senado

Publicado em 29/08/2016, às 09h53   Redação Bocão News


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Em seu discurso de defesa do seu mandato no Senado Federal, a presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou sua fala afirmando que jamais praticaria atos contrários aos interesses dos que a elegeram. A petista, que deve ter seu processo de impeachment julgado até esta quarta-feira (31). "Entre os meus defeitos, não estão a deslealdade e a covardia", disse logo na abertura da sua fala para os senadores que a julgarão.

Ela lembrou sua trajetória de militância política. "Lutei por uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, por uma sociedade sem miséria, por um Brasil soberano. Disso, tenho orgulho. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes", frisou.

"Sei que em breve e mais uma vez serei juglada e por ter minha consciência tranquila em relação ao que fiz na Presidência da República que venho pessoalmente ao meu julgamento. Venho para dizer a cada um de vocês que não cometi nenhum crime de responsabilidade. Não cometi nenhum crime dos quais sou acusada", reclamou Dilma.

Dilma disse ainda que "as provas deixam claro que as acusações" não passam de pretextos embasados por frágil retórica jurídica. "São pretextos para derrubar, por meio de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade, um governo legítimo", apontou.

Seu discurso, conforme informações dos bastidores em Brasília, não teve a intenção de mudar opinião de senadores indecisos ou dos que devem votar a favor do seu impeachment, mas sim de ser um instrumento para entrar na história. Dilma afirmou que "o que está em jogo no impeachment não é apenas o meu mandato". "É o respeito às urnas, à vontade do povo e à Constituição. O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média. O que está em jogo é o futuro do país, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais", discursou.

"Nas eleições, o programa de governo vencedor não foi este agora desenhado pelo governo interino e defendido pelos acusadores. O que pretende o governo interino, se transmudado em efetivo, é um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos", avaliou.

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