Direto de Brasília

Economista diz que impeachment é para casos extremos e o Brasil não vive um

Publicado em 26/08/2016, às 16h37   Tamirys Machado


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Ao ser questionado pela advogada Janaína Paschoal, uma das autoras da peça que levou ao processo de impeachment, se o procurador Ivan Marx foi parcial ao avaliar a gestão fiscal do governo Dilma, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo [ informante no processo] disse que “não acho que o parecer do procurador tenha esse tom [parcial], mas não concorda com ele”.
Ivan Marx teria dito que “tudo isso foi feito para maquiar as contas públicas”, segundo Paschoal. O economista explicou ainda que a presidente afastada fez um "contingenciamento adicional" de gastos, o que, para ele, foi um erro de avaliação. Ela cometeu esse erro não por ser irresponsável, mas para tentar uma restrição fiscal mais aguda”. 
Professor Belluzzo pontuou em sua fala que “a interrupção de um mandato deveria exigir cuidados muitos especiais, muita cautela, isso poderia ser feito em caso de extremos e não acho que estamos diante de um”. 
Sobre a o aporte ao BNDS, ele disse que o aporte a partir de 2008 foi muito importante para manter a taxa de crescimento da economia. O economista colocou também que o  governo se atrasou para pagar os subsídios, mas pagou. Belluzo reafirmou que analisa do ponto de vista dos efeitos econômicos, e não do ponto de vista político.
Ele responde às perguntas na fase de oitivas do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, que continua nesta sexta-feira (26) no senado federal. 
Foram chamadas pela defesa de Dilma as seguintes pessoas:
- Luiz Gonzaga Belluzzo, economista (ouvido como informante);
- Geraldo Prado, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda;
- Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do governo (DISPENSADA); 
- Luiz Cláudio Costa, ex-secretário-executivo do Ministério da Educação;
- Ricardo Lodi Ribeiro, professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). (será ouvido como informante).

Classificação Indicativa: Livre

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