Direto de Brasília

ACM Neto garante que não deixará prefeitura por cargo no governo Temer

Publicado em 10/05/2016, às 22h32   Luiz Fernando Lima* (@limaluizf) e Eliezer Santos (@eliezer_sj)


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Um dia antes do Senado sacramentar o previsível afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito ACM Neto desembarcou em Brasília para acompanhar a reunião da Executiva nacional do Democratas que discutiu se a sigla iria participar da eventual gestão Temer. E ficou decidido que irá.
Bastante animado, ele conversou com a reportagem do Bocão News sobre os ganhos que Salvador terá com o novo cenário político, mas garantiu que, a despeito das especulações, não há nenhuma chance de deixar a prefeitura de Salvador para assumir algum cargo na administração de Temer.  
“Podia ser o ministério mais forte do planeta que eu não deixaria meu mandato de prefeito para ir para Brasília de jeito nenhum”.
Neto disse que se sente mais aliviado com a nova administração, já que considera ter sofrido perseguição do governo federal, ficando impedido de tocar obras importantes em Salvador, como o BRT. Falou também que o PT não cumpriu a palavra no repasse de recursos para saúde, para a Orla de Salvador e para outras obras, a exemplo da macrodrenagem no bairro do Trobogy. 
“O governo fez de tudo para segurar, matracou o que pode. Não faltam exemplos de como o governo foi perverso para Salvador nesses três anos e meio. No começo muitas promessas, nós até acreditávamos que as coisas podiam ser diferentes”, desabafou. 
À reportagem o prefeito ACM Neto disse que só falará das eleições municipais depois do São João. Comentou ainda que protagonismo nacional do PMDB com o previsível governo não gerou nenhum descompasso no relacionamento que tem com os irmãos Vieira Lima, caciques da legenda na Bahia. ”A gente só vê caminho de convergência”, afirmou.
Para Neto, o PT não conseguirá sustentar a promessa de ocupar as ruas diuturnamente em repúdio à aprovação do processo de impeachment e a Michel Temer. “A população é a grande prejudicada”, disse Neto, em menção aos bloqueios em rodovias e nas avenidas das metrópoles feitos nos atos dos movimentos sociais ligados ao PT.  
*Luiz Fernando Lima, editor de política, direto de Brasília

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