Política

Direto de Brasília: Angelo Coronel diz que arcabouço fiscal deve ser votado com celeridade

Paulo M. Azevedo/ BNews
Senador conversou com o BNews direto de seu gabinete no Senado nesta terça-feira (8)  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo/ BNews
Rafael Albuquerque* e Eduardo Dias

por Rafael Albuquerque* e Eduardo Dias

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Publicado em 08/08/2023, às 14h14 - Atualizado às 15h21


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O senador Angelo Coronel (PSD) conversou com o BNews nesta terça-feira (8) direto de seu gabinete no Senado e falou sobre diversos assuntos que estão em pauta em Brasília, como a votação do arcabouço fiscal do governo, reforma tributária, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos, além das negociações do governo Lula para adesão de mais partidos do centrão em sua base de apoio. 

Segundo o senador baiano, o arcabouço tem suma importância para o país, tanto que já foi aprovado pelas duas Casa, Câmara e Senado e, após algumas modificações, devem entrar em pauta novamente para apreciação dos parlamentares.  

"Um projeto de grande importância para o Brasil, tanto é que foi aprovado com rapidez na Câmara e no Senado. Houve algumas modificações e estou até surpreso de não ter sido ainda colocado em pauta para votar na Câmara. Acredito eu que no decorrer desta semana, mais tardar na outra, ele deverá entrar em pauta. Tenho conversado muito com Diego Coronel a respeito. Deve entrar em pauta na outra semana e vai ser votado com celeridade", disse Coronel, destacando que o governo tem aplicado esforços para pautar o assunto em meio às tratativas de cargos com os partidos de centro.

São negociações normais dentro do Congresso. Todo mundo sabe que, para ser governo, tem que participar do governo. Tem partidos que estão sendo sondados pelo Planalto para aderir e apoiar o governo. Mas é evidente que esses partidos só irão quando ficarem sabendo aonde eles vão participar. Repito, para ser governo, tem que participar do governo. Agora, tem partidos que têm um grande número de parlamentares, mas na hora H não entrega”, disse. 

O senador ressaltou ainda que não vê motivo de as negociações causarem percalços na votação do arcabouço.

"O Planalto deve estar agora tentando ajustar, e para se ajustar tem que dar um tempo para ver se vai aumentar ministérios para alguns desses partidos, se a entrega vai ser maior. Como são pautas do Brasil, que interessam a toda a sociedade brasileira, eu não acredito que teremos percalço na votação", pontuou. 

Coronel também rebateu as críticas feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro em relação a condução da CPMI do 8/1 e respondeu se acredita na imparcialidade da mesa diretora da comissão. 

"Eu participei de uma CPMI, de combate às fake news, é muita firula. Na verdade, ninguém vai aprovar relatório se tiver um frankenstein dentro do relatório. É evidente que, se a parte que se sentir-se prejudicada, vai reclamar dizendo que foi um viés político que causou o relatório contrário. Mas, isso é normal, todo mundo tem o direito de espernear. O latim já diz: 'Jus sperniandi', é o direito de espernear. Eu não vejo porque temer isso porque, se as câmeras acusarem, áudios, vídeos, troca de e-mails, se ficar comprovado que alguém errou, esse alguém terá de ser punido exemplarmente. Nós não podemos ferir a nossa democracia como tentaram ferir em 8/ de janeiro", afirmou.  

Por fim, o senador pontuou que tem atuado, juntamente com os demais senadores baianos e a base do governo, para garantir os incentivos fiscais na reforma tributária às indústrias que queiram se instalar na região Nordeste, a exemplo da BYD, que teve sua instalação em Camaçari ameaçada após voto contrário do deputado Otto Filho (PSD). 

"Foi um voto que nos causou surpresa. Acredito que tenha sido um equívoco, porque ele queria um incentivo maior. Como não foi o maior...não tive com ele ainda, mas tenho curiosidade para saber o que houve. Mas aqui no Senado vamos reverter para que teremos incentivos para a BYD e outras indústrias que queiram se instalar no Nordeste”, finalizou.

*O repórter viajou para Brasília para cobertura especial dos trabalhos no Congresso Nacional

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