Política
Desde o mês de julho que os moradores das cidades baianas de Urandi, Jacaraci e Licínio de Almeida reclamam da instalação de um parque eólico. Localizado no sudoeste da Bahia, o processo de construção vem afetando a área ambiental destes municípios.
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Além de afetar a rota migratória das aves na região, o empreendimento atinge uma Área de Preservação Permanente de nascentes e rios das bacias hidrográficas do Rio Verde Grande e do Rio de Contas. Além disso, é um grande risco para animais em extinção.
Ao Bnews, o deputado Felipe Duarte (PP) questionou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) sobre o licenciamento para construção do parque eólico. O parlamentar se mostrou bastante indignado com a situação vivida pelos moradores de Urandi, Jacaraci e Licínio de Almeida.
Eu recebi uma solicitação dos moradores da cidade de Urandi, com relação ao parque eólico que está sendo implantado na Serra das Almas. A minha pergunta é: como é que feito esse sistema de licenciamento? Simplesmente, o Inema gera um licenciamento para a empresa trabalhar e não existe nenhum tipo de acompanhamento¿ Porque o que aconteceu na barragem que abastece as cidades de Urandi e Licínio de Almeida são incabíveis”, questiona.
O deputado estadual afirmou ter recebido as denúncias feitas pelos moradores daquelas cidades e espera que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) venha intervir no caso.
Eu tenho umas fotos aqui que, sinceramente, eu fico confuso em saber se é água ou se é lama que está saindo da torneira que abastece a casa de muitos pais de família. Então, é fruto de muita indignação e eu espero sinceramente que o Ministério Público, junto com as prefeituras de Urandi e de Licínio de Almeida tomem providências. Para que seja restabelecido e providenciado condições da volta do uso daquela água que abastece essas suas cidades”, disse Felipe Duarte.
Por fim, o político do Partido Progressista diz que não é contra aos investimentos na localidade, mas pondera quanto ao impacto ambiental gerado pelo crescimento econômico naquelas cidades.
Nós temos que ter a vinda da tecnologia, nós temos que ter a vinda da industrialização, não tem problema, mas acompanhada da sustentabilidade. É para isso que tem o Inema e o órgão tem que não somente autorizar, mas ele também tem que acompanhar os vários momentos, as várias etapas dos processos de implantação. Para que não haja o que aconteceu naquela barragem”, finaliza o deputado.
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