Três milhões de reais. Este é o valor que a UPA de Itinga já consumiu dos cofres públicos, que era para ter sido entregue em fevereiro de 2012 e até hoje nunca atendeu à população.
Segundo informações do Correio, nesse meio tempo, houve a troca da gestão municipal, o abandono da obra por uma empresa que nem mesmo a Justiça localiza, a depredação do prédio por populares, uma ação judicial que se arrasta e o dia em que a filha da dona de casa Edvanildes dos Santos, 41 anos, teve febre e passou mal.
Revoltada, a dona de casa afirmou que a população não pode contar com a UPA e ainda desconhecem a utilidade da Unidade, já que a obra parece não ter fim.
Quando deixou a prefeitura, em dezembro de 2012, a então prefeita Moema Gramacho (PT) reuniu vereadores para entregar a UPA. Segundo ela, foi uma forma de prestação de contas, para dizer em que status deixava a obra. Moema disse ainda que na época, para a finalização das obras, a Unidade só aguardava a colocação de um reservatório de água e uma central de gases.
Já para o progressista Marcio Paiva, que tomou posse como prefeito, em janeiro, a ex-gestora inaugurou um equipamento inacabado: “Ela apareceu com uma placa para dizer que foi ela que fez. Não se inaugura algo que no outro dia não funciona. Todo o problema começou por aí”, diz Márcio. Moema rechaça o termo “inauguração”.
Hoje, a obra que Moema diz ter entregue 97% pronta em 2012, se encontra ainda em obras e com 95% do total concluído. O que aconteceu com a UPA esclarece a redução.
Publicada no dia 20 de janeiro de 2015, às 09h29
