Secopa custará R$ 2 milhões aos cofres públicos baianos depois da Copa

Publicado em 15/09/2014, às 19h46 Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)

Se dentro de campo o resultado da Copa do Mundo 2014 foi muito aquém das expectativas dos brasileiros, fora de campo, a organização do evento surpreendeu todo o mundo. Na Bahia, a Secretaria Estadual de Assuntos para a Copa (Secopa) foi criada com funções de coordenação, acompanhamento e fiscalização dos projetos para preparar o estado para o torneio que aconteceu entre junho e julho deste ano. O que muita gente não sabe é que, mesmo após o final da competição, aproximadamente R$ 2 milhões dos cofres públicos serão gastos com a pasta estadual.

De acordo com dados da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, o gasto médio da Secopa mensal é de R$ 400 mil, com base nos oito primeiros meses de 2014.

O funcionamento da secretaria é determinado pela Lei nº 12.212/11, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia, em vigor desde maio de 2011. Mesmo com o final da competição, os erários públicos precisarão custear a pasta até o dia 31 de dezembro de 2014, último dia de funcionamento da Secopa.

Reprodução // Marcelo Camargo // Agência Brasil

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A pasta é gerida pelo secretário estadual de Assuntos para a Copa, Ney Campello, do PCdoB. No nascimento da ideia, foi cogitada a possibilidade de estender as atividades da Secopa até o final dos Jogos Olímpicos de 2016. À época, a longevidade da secretaria nas mãos da legenda historicamente ligada ao Partido dos Trabalhadores era tida como determinante para conter possíveis insatisfações dentro da base governista.

Para justificar o funcionamento até o final do ano e os gastos públicos com a secretaria, a Assessoria de Comunicação da Secopa, através de nota, alegou que projetos pós-Copa precisam ser finalizados.

Entre as projetos ditos como ‘prioritários’ pelos gestores da pasta, Gol Verde; Fórum Copa Bahia; finalização do Estádio de Porto Seguro; reuniões de governo e do comitê gestor; sistematização de legados; distribuição da cartilha Copa sem Racismo; além do início das tratativas para os Jogos Olímpicos.

A reportagem do Bocão News tentou, exaustivamente, entrevistar o secretário Ney Campello, mas até a postagem da matéria, ele não atendeu os telefonemas.

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