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Sinart destaca importância econômica da atual rodoviária: “ajudamos o Iguatemi”

Publicado em 08/10/2015, às 12h49   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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A mudança do Terminal Rodoviário de Salvador para o bairro de Águas Claras, região da BR-324, tem preocupado os comerciantes que atuam há anos na região central da cidade. Segundo foi anunciado pelo secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, a partir de novembro o governo irá promover audiências públicas para avaliar a viabilidade da mudança de local, que, segundo ele acredita, será concedido por 30 anos através de parceria público-privada (PPP).

Cauteloso quanto à definição, o diretor jurídico e comercial da Sinart, Reinaldo Góes, acredita que esta seja uma medida inevitável. "Desde 2004, 2005, que era previsto se submeter ao PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e, em acordo com o sistema de transporte, mudar de local. É algo natural e inevitável", frisa. Ainda segundo o dirigente, uma das maiores dificuldades da nova rodoviária será imposta pelo transporte clandestino, longe do centro da cidade.

Quanto aos efeitos diretos sobre o comércio da região, Reinaldo lamenta. "Nós ajudamos muito o Iguatemi (Shopping da Bahia), por exemplo, pois uma rodoviária representa um polo de crescimento econômico. Se não tiver uma comunidade no entorno, o comércio vai sentir", acredita. 

O diretor não soube informar sobre os prováveis planos para o atual local após a mudança,mas demonstrou confiança na continuidade do trabalho da Sinart gerindo o sistema. A Sinart administra o terminal desde 1972. Em 2004, diversas liminares tentaram impedir a realização da licitação que acabou vencida pela gestora.

Inviável

Para o vendedor de aparelhos eletrônicos Edson Oliveira, de 35 anos, a mudança é relativa. "É viável e inviável. Pode ser interessante para o governo e para o trânsito nesta área, mas para nós ambulantes não é bom. Onde tem movimento a gente tem que está", lembra.

Já para Maria Nilza Almeida, 53, que comercializa bolsas na passarela localizada em frente ao terminal, a construção de um novo equipamento irá extinguir os negócios no local. "Um horror. Com certeza vai quebrar de vez o comércio aqui. Já enfrentamos dificuldades com a saída SAC da transbordo, agora isso representa o fim", afirmou em conversa com o Bocão News. 

A possibilidade de mudança também é vista com receio por alguns rodoviários. "Não apoio. Aqui existem vários acessos e lá na saída da cidade é distante", disse o rodoviário Ítalo Frank Dantas, 25, ressaltando também que o comércio formal e informal tende a perder.

Quem também foi contrário foi o vendedor Robson Oliveira, 24, que acabara de chegar do interior do Estado. "Ir para mais longe é complicado. Não acho viável, até porque pode transferir o problema no trânsito daqui para lá", opina.

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