Prédio onde PF apreendeu R$ 51 milhões se torna atração em Salvador

O edíficio José Silva Azi, no bairro da Graça, se tornou uma atração 'turística' depois que a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento atribuído ao ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima. A apreensão entrou para a história da PF como a maior já realizada no Brasil.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, que acompanhou a movimentação de pessoas durante três horas na frente do prédio, não é raro transeuntes pararem para tirar fotos no local. 

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Morador há 40 anos da Rua Barão de Loreto, onde o edíficio está localizado, o aposentado Orlindo Siqueira demonstrou revolta com o ocorrido. "É uma vergonha. Um absurdo. Nós estamos envergonhados por morar na rua onde um criminoso guarda tanto dinheiro de roubo", atacou.

A rua sem saída e de pouca movimentação ganhou 'visitantes' que passam de carro e reduzem a velocidade, tiram fotos e tecem comentários de indignação. Palavras de ordem como “Geddel ladrão", "Cadeia para Geddel", e "Criminoso” foram proferidas pelos mais exaltados. 

Morador do Calabar, Udson Magalhães foi um dos que estiveram no endereço. "No maior dos meus sonhos, eu não imaginaria esta quantia de dinheiro. O que digo para meu filho é que dinheiro não traz felicidade e nem a honra do homem. Muitas vezes a gente pode não ter nada, mas a gente tem felicidade e a família unida enquanto esses caras fazem tantas coisas erradas e não pensam no próximo que está fila do SUS, nos idosos que não tem onde morar direito", descreveu, em entrevista ao diário carioca.