Política

Abin citou conivência da PM e de militares em alerta ao GSI durante atos antidemocráticos

Redes Sociais / Reprodução
Jornal Folha teve acesso ao relatório da ABIN enviado ao GSI  |   Bnews - Divulgação Redes Sociais / Reprodução

Publicado em 28/04/2023, às 13h43   Osvaldo Barreto



Documento enviado à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congreso Nacional no dia 20 de janeiro revela que minutos antes da invasão às sedes dos três poderes, em 8 de janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) alertou o ex-minitstro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, que vândalos afirmavam que as "forças de segurança policiais e militares" não iriam confrontá-los.

De acordo com o documento, que a Folha teve acesso, no mesmo alerta, enviado às 13h40 daquele dia, a Abin disse que, enquanto caminhavam em direção à Esplanada dos Ministérios, manifestantes pintavam o rosto como se estivessem indo para "um combate".

"Iniciado o deslocamento para a Esplanada. Há discursos inflamados com pessoas pintando o rosto com [sic] se fossem para um combate. Há entre manifestantes relatos de que as forças de segurança policiais e militares não irão confrontá-los", afirmou o alerta da Abin.

O general GDias —como o ex-ministro do GSI é conhecido— nega ter recebido os alertas. Em depoimento à PF (Polícia Federal), ele afirmou que só tomou conhecimento de mensagens da Abin quando reuniu as informações para responder aos questionamentos da CCAI.

O Ministério da Justiça, em nota, também disse não ter sido notificado dos informes. "Nenhum dos dirigentes da nova gestão do Ministério foi convidado a adentrar grupo de WhatsApp gerenciado pela ABIN para receber relatórios sobre golpistas e criminosos que atuaram no dia 8 de janeiro", disse a pasta.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp