Protocoladas representações contra petistas baianos no Conselho de Ética

Rui, Pelegrino e Florence serão investigados por suposto desvio de verbas e caixa 2 | Montagem

Publicado em 05/11/2014, às 06h09 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

As representações contra os deputados, Afonso Florence, Rui Costa e Nelson Pelegrino, todos do PT da Bahia, foram protocoladas na tarde desta terça-feira (4), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

A lista tríplice para escolha do relator foi sorteada na sessão de hoje e encaminhada ao presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar, definir o nome final para dar seguimento ao trâmite no processo legislativo.

A expectativa é que o nome do relator seja divulgado quarta-feira. O relatório preliminar para cada deputado pode ser apresentado em até 20 dias após escolha da relatoria.

Os processos vão correr separadamente. Para Rui Costa, foram indicados os nomes de Mauro Lopes (PMDB-SC), Zequinha Marinho (PSP-PA) e Ronaldo Benedetti (PMDB-SC). As indicações para Nelson Pelegrino foram Wladimir Costa (SD_PA), Marcos Rogério (PDT-RO) e Ronaldo Benedetti (PMDB-SC). Zequinha Marinho (PSP-PA), Wladimir Costa (SD-PA) e Roberto Teixeira (PP-PE) foram indicados para o processo do deputado Afonso Florence.

O PSDB e o DEM protocolaram as representações contra os parlamentares no dia 16 de outubro. Os partidos citam uma reportagem da revista Veja publicada no dia 24 de setembro sobre o suposto envolvimento dos parlamentares no desvio de dinheiro destinado à construção de 1.120 casas para famílias de baixa renda.

Os desvios teriam sido da ordem de R$ 17,9 milhões do Fundo de Combate à Pobreza desde 2004, com a participação da ONG Instituto Brasil, que tinha Dalva Sele Paiva como presidente da instituição.

A denunciante aponta que parte dos recursos teria sido usado como caixa 2 para financiamento da campanha dos petistas e a outra parte ajudar militantes com dificuldades financeiras.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) também é citado na acusação.

Os acusados negam participação no desvio e se limitam a dizer que tiveram relação "institucional" com Dalva Sele Paiva.

De acordo com o regimento interno, os processos se extinguem no final da candidatura, mas é possível que eles sejam reabertos na próxima legislatura, caso seja de interesse da oposição.

Publicado no dia 4 de novembro de 2014, às 15h46

Classificação Indicativa: Livre