Os dois diretores da Odebrecht citados nominalmente por Paulo Roberto Costa em seu depoimento ontem à Justiça Federal, Márcio Farias e Rogério Araújo, eram respectivamente o número 1 da área de Engenharia Industrial do grupo e diretor de
Desenvolvimentos de Negócios da mesma área em 2010, ano da eleição de Dilma Rousseff.
Conforme a coluna Radar Online, da Veja, ambos continuam no grupo. Farias na mesma função. De acordo com PRC, a dupla era o seu contato na empresa, da qual, ele afirmou, recebeu dinheiro no exterior.
O primeiro depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, à Justiça, após seu acordo de delação premiada foi explosivo. Ele afirmou que o esquema de desvio de recursos na estatal alimentou campanhas políticas do PT, do PMDB e do PP – de acordo com a Polícia Federal, o montante de recursos movimentados pelos envolvidos na Operação Lava Jato chega a R$ 10 bilhões.
Costa entregou ainda um extrato de US$ 19 milhões em suas contas e citou propinas pagas por duas empreiteiras: a Odebrecht, de Marcelo Odebrecht, e a Camargo Corrêa, presidida por Vitor Hallack. O ex-diretor da Petrobras disse ter recebido uma propina paga até mesmo pelo presidente de outra estatal ligada à Petrobras. Sergio Machado, presidente da Transpetro, teria pago a ele R$ 500 mil. Outro nome citado foi o de José Eduardo Dutra, ex-presidente da BR Distribuidora.
Publicada no dia 9 de setemrbro de 2014, às 15h42
