O conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte negou hoje as acusações feitas pela ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff, Meira Poza durante uma sabatina da CPMI da Petrobrás. Segundo ela, Negromonte indicou a compra de uma empresa de rastreamento de veículos de Goiânia para Yousseff.
Meira Poza disse que os acertos eram feitos em um restaurante da amante doleiro, Taiana Camargo. "Havia uma aprovação do Denatran para que os carros saíssem já com o dispositivo de monitoramento. Só havia cinco empresas homologadas no país e essa empresa de Goiânia era uma das homologadas”, explicou Meira Poza.
Leia na íntegra, depoimento com a defesa do conselheiro do TCM, Mário Negromonte:
É lamentável que a contadora esteja a serviço de pessoas que tiveram seus interesses contrariados, citando meu nome no depoimento sem nenhuma prova e de forma irresponsável, deliberada e proposital, tentando atingir a minha honra, colocando-me em negócios que nunca participei, talvez por ter sido Deputado Federal, líder do partido e ex-ministro.
Nunca tratei deste assunto do sistema de bloqueadores de veículos fora do Ministério das Cidades e quando foi tratado no Ministério, estavam presentes técnicos do DENATRAN, do Ministério e representantes da ANFAVEA.
A contadora esqueceu de detalhar que existe um Projeto de Lei que vinha tramitando junto ao Ministério das Cidades com o ex-ministro e o DENATRAN no governo passado, que obriga as montadoras a implantarem o sistema bloqueador de veículos, porém, até agora não foi implementado, pois a ANFAVEA vem solicitando sistematicamente o adiamento ao atual governo. Com este sistema, será possível reduzir drasticamente o roubo de carros no Brasil, que hoje está próximo de 600 mil carros roubados por ano.
Finalizo afirmando que nunca tive relação de negócios de qualquer natureza com a empresa e as pessoas citadas pela contadora.
Publicada no dia 8 de setembro de 2014, às 17h30
