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Operação Lava Jato: “estou com minha consciência tranquila”, diz Negromonte

Imagem Operação Lava Jato: “estou com minha consciência tranquila”, diz Negromonte
Segundo o conselheiro do TCM, ele nunca recebeu nenhuma vantagem em qualquer esquema   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/09/2014, às 15h47   Redação BNews



O ex-deputado federal pelo PP e recém-empossado conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM), Mário Negromonte, é apontado pela Revista Veja como um dos nomes vazados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa na delação premiada. Por meio de nota enviada para o Bocão News, o ex-ministro das Cidades, negou a 'prática de qualquer ato ilícito durante a sua vida pública'.

“Exerci seis mandatos e não respondo a processo algum. Nunca recebi nenhuma vantagem ou me beneficiei de qualquer esquema como aludido pela Revista Veja. A citação do meu nome, certamente é porque fui líder por quatro vezes no meu ex-partido e Ministro, o que talvez tenha ocorrido contrariando interesses. O ex-diretor optou pela delação premiada para reduzir sua pena de mais ou menos 50 anos, mas para que seja aceita pela Justiça, as suas declarações tem que ser comprovadas”, disse.

Ainda segundo Negromonte, num momento político com este, onde falta menos de um mês para as eleições é preciso cuidado com a interpretação de informações sem comprovação, provenientes de fonte não oficial. “Estou com minha consciência tranquila, pois volta a afirmar que não tenho nenhuma participação com referência as ilações da Revista Veja”.

O suposto esquema
Integrante da diretoria da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Devido às acusações, ele está preso no Paraná.

O ex-diretor da estatal do petróleo fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm ocorrido diariamente, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A PF não revela o conteúdo dos depoimentos.

A reportagem de "Veja" não detalha o papel que cada um dos políticos mencionados por Costa teve na suposta fraude. O texto diz que, pelo acordo firmado com o Ministério Público Federal, o ex-dirigente teria se comprometido a detalhar o envolvimento de cada um dos políticos no esquema. A reportagem também afirma que os policiais federais e procuradores da República estimam que levará mais três semanas para o ex-diretor da Petrobras esgotar o que tem a dizer.

Outra informação relatada pela revista é de que Paulo Roberto Costa teria admitido pela primeira vez, durante os depoimentos da delação premiada, que as empreiteiras contratadas pela Petrobras tinham, obrigatoriamente, de contribuir para um caixa paralelo que era distribuído a partidos e políticos da base governista. O ex-diretor teria dito, informou "Veja", que cada partido tinha seu encarregado de fazer a intermediação com o esquema de corrupção.

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