Política

Juiz informa ao STF sobre supostos depósitos de doleiro para Collor

Agência Senado
Documentos foram apreendidos pela PF durante a Operação Lava Jato   |   Bnews - Divulgação Agência Senado

Publicado em 23/05/2014, às 09h10   Redação Bocão News (Twitter: bocaonews)



Em busca realizada durante a Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef comprovantes de depósitos em favor do senador Fernando Collor (PTB-AL). O novo fato foi comunicado nesta quinta-feira (21) pelo juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.


O relatório da PF enviado ao juiz registrou oito depósitos em espécie, entre fevereiro e maio do ano passado, no valor de R$ 1,5 mil; R$ 9 mil; R$ 1,5 mil; R$ 9 mil; R$ 8 mil; R$ 9 mil; R$ 8 mil e R$ 4 mil. Collor, no entanto, não é investigado na operação.

"Apesar disso [dos comprovantes de depósito encontrados], observo que não há qualquer indício do envolvimento do referido parlamentar nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas", disse o juiz á Agência Brasil. No ofício enviado por Moro a Zavascki, é citado ainda que a PF não foi autorizada a fazer a diligência que encontrou conversas entre o doleiro e o deputado federal André Vargas (PR), referente à reunião marcada na casa do deputado Cândido Vacarezza (PT-SP).

"Muito embora o relatório preparado pela Polícia Federal para a remessa do material do deputado federal André Vargas mencione o deputado federal Cândido Vaccarezza, observo que a menção diz respeito à suposta reunião dele com Alberto Youssef, sem que, em princípio, se possa inferir caráter criminoso do evento em questão. Apesar de o agente policial sugerir, no relatório, a este juízo, que obtivesse confirmação de que determinado aparelho de Blackberry pertenceria ao referido deputado, observo que este juízo não autorizou essa diligência e a recomendação consta em relatório solicitado por este Juízo com o propósito específico de remessa do material ao Supremo Tribunal Federal", disse o juiz, que acrescentou que o deputado federal baiano Luiz Argôlo (SDD), com o qual Youssef trocou mensagens, também não é investigado na Lava Jato. "Apesar da remessa, observo que não há qualquer indício do envolvimento do parlamentar nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas", afirmou.

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