Política

Oposição desconfia de valores da alienação de terrenos em Salvador

Imagem Oposição desconfia de valores da alienação de terrenos em Salvador
Gilmar Santiago contesta expectativa de arrecadação dos imóveis em áreas nobres  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/05/2014, às 05h59   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)




Os terrenos pertencentes ao município que deverão ser vendidos ou dados como garantia em futuras negociações para Parcerias Público-Privadas (PPP) pela prefeitura de Salvador causam desconfiança pela oposição na Câmara Municipal. Na próxima quinta-feira, às 14h, os edis irão discutir a necessidade da venda desses terrenos. 

Segundo o líder da oposição, vereador Gilmar Santiago (PT), a desconfiança está no valor que a prefeitura espera arrecadar: 300 mil reais.
A oposição acredita ser um valor muito baixo para as localidades, muitas situadas em áreas nobres de Salvador. Além disso, a necessidade de construir um hospital municipal também será debatida. A oposição acredita que a construção de creches e escolas nesses pontos seria a melhor solução. 
Ainda para o líder,  a prefeitura não consegue dar conta da atenção básica à saúde na capital “A prefeitura não consegue dar um patamar razoável para a atenção básica,  como vai construir um hospital municipal? Sabemos que Salvador é uma das poucas cidades que não tem hospital municipal, mas é preciso avançar na atenção básica", argumentou Gilmar Santiago.
Os vereadores da oposição ainda defendem a criação do Conselho das Cidades para manter a discussão sobre os impactos na capital baiana.
De acordo com a prefeitura, foi feito um estudo, ao longo do ano, que envolveu 100 mil imóveis da municipalidade, com expectativa de arrecadar R$ 300 milhões. Um percentual dos imóveis não serão alienados e destinados ao Fundo Garantidor. O valor arrecadado será usado como investimento para a construção do Hospital Municipal de Salvador.
Grande parte dos 62 imóveis está em áreas muito valorizadas da cidade. Iguatemi, Pituba, Garibaldi , Piatã, Pituaçú, entre outros. Para o presidente da Comissão de Finanças, Cláudio Tinoco (DEM) “a valorização desses imóveis gera uma expectativa de que a prefeitura alcançará a meta de arrecadação”. 

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Kiki Bispo(PTN), deve iniciar a análise da matéria ainda esta semana. O projeto chegou na Casa nesta segunda-feira (19) e a ideia é votá-lo antes da Copa do Mundo. Segundo o presidente do colegiado, o valor dos terrenos devem ser o de mercado, já que o objetivo do prefeito ACM Neto (DEM) é arrecadar bons valores para os cofres municipais. 

Sobre o uso social dos terrenos, Bispo lembrou que o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo garantiu que uma análise técnica foi realizada e constatado que as áreas não têm impostância do ponto de vista social.


Publicada no dia 19 de maio de 2014, às 17h11

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