"Descarto qualquer ligação com doleiros", defende-se Imbassahy

Publicado em 10/05/2014, às 07h37 David Mendes (Twitter:@__davidmendes)

Dos 121 parlamentares citados pela revista Veja em uma lista de políticos que receberam doações de campanha oriundas de empresas investigadas pela operação “Lava Jato”, da Polícia Federal (PF), está o líder do PSDB na Câmara e deputado federal pela Bahia, Antonio Imbassahy.

Nesta sexta (9), o tucano, que teria recebido R$ 100 mil, resolveu se pronunciar. Em nota enviada à imprensa, o ex-prefeito de Salvador "descarta qualquer ligação com doleiros". Segundo Imbassahy, Alberto Youssef, preso na ação da PF, “mantém estreita vinculação com petistas e com o ex-diretor da Petrobras” Paulo Roberto Costa, que também está preso.

Na quarta, a Justiça Federal do Paraná determinou a quebra dos sigilos bancários da petrolífera brasileira e do ex-diretor do setor de Refino e Abastecimento da estatal para apurar denúncias de desvio de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima em contratos firmados com as empresas ligadas ao Consórcio Nacional Camargo Correa.

“O doleiro [Alberto Youssef] deverá ser um dos primeiros a serem ouvidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, que está em fase de instalação no Congresso”, afirmou o líder dos peessedebistas na Câmara.

Conforme reportagem da revista semanal, além de Imbassahy, aparecem no documento o pré-candidato ao governo da Bahia pelo PT, Rui Costa, que recebeu R$ 2 mil de uma das companhias investigadas, a senadora Lídice da Mata e também pré-postulante ao comando do governo do Estado pelo PSB, que recebeu R$ 200 mil. Constam ainda os deputados baianos Arthur Maia (PMDB), Roberto Britto (PP), José Rocha (PR) e Luiz Alberto (PT). Nesta quinta (8), o senador Walter Pinheiro (PT), também beneficiado com recursos de uma das empresas investigada, se pronunciou sobre o caso.

Publicada no dia 9 de maio de 2014, às 17h43

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