Se não assinar notificação da Câmara, Argôlo pode ser citado no Diário Oficial

Caso o vice-líder do Solidariedade na Câmara Federal, Luiz Argôlo (BA), não assine a notificação para que apresente sua defesa na Corregedoria da Casa até esta quarta-feira (7), ele será citado por edital a ser publicado na edição de amanhã no Diário Oficial da União. A Corregedoria já tentou duas vezes notificá-lo. Hoje será feita a última tentativa.

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Com a notificação, Argôlo terá cinco dias úteis para apresentar por escrito defesa sobre suposta ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato. O pedido de investigação foi feito pelo líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). Após receber a defesa do parlamentar baiano, o corregedor Átila Lins (PSD-AM) terá 45 dias para apresentar relatório à Mesa Diretora da Casa, que vai acolher ou não o parecer. Caso opte por pedir a cassação do mandato de Luiz Argôlo por quebra de decoro parlamentar, caberá ao Conselho de Ética deliberar se é a favor ou não, só então o processo chegará ao plenário, onde terá votação aberta.

Na edição de ontem, o jornal Folha de S. Paulo disse que o parlamentar recebeu R$ 110 mil em bezerros do doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato. Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal mostram que o dinheiro foi depositado por Youssef em duas contas bancárias a pedido de Argôlo.

Colegas querem saída de Argolo do partido

A situação de Luiz Argôlo está cada vez mais complicada. Ontem na tarde desta terça-feira, dez dos 12 parlamentares que participaram da reunião de bancada defenderam a expulsão do parlamentar baiano da agremiação. No entanto, pela ausência do presidente do partido, o deputado federal Paulinho da Força (SP), a decisão vai ficar para a próxima semana, quando outra reunião deverá acontecer.

Caso seja cassado, Argolo ficará inelegível por oito anos. Fontes do Bocão News afirmaram que o parlamentar deve renunciar o mandato nos próximos dias. Com a renúncia, ele poderá disputar as eleições deste ano.

A colegas, Argôlo tem desmentido as informações que vêm sendo divulgadas pela imprensa, mas nada consistente, segundo uma fonte ouvida pelo Bocão News. “A situação dele é muito difícil”, assinalou.

Fontes também dão conta de que uma amiga de infância de Argolo, que trabalhava no financeiro do escritório em Salvador, não tem ido ao trabalho, desde que o escândalo estourou na imprensa. Ela também tinha acesso às contas pessoais do parlamentar.

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