Documentos evidenciam relações duvidosas entre a Petrobras e Odebrecht
Publicado em 05/05/2014, às 06h41 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
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Novos documentos publicados pela Revista Época esta semana revelam e evidenciam as relações duvidosas entre a Petrobras e Odebrecht. A reportagem constata que a Odebrecht teria usado uma artimanha conhecida como “jogo de planilha”: manipulou preços e quantidades de serviços, de forma irregular, para elevar seus ganhos.
As relações políticas seriam mais importantes para a direção da estatal. Em agosto do ano passado, o lobista João Augusto Henriques, responsável, no PMDB, por fazer a caneta da Diretoria Internacional da Petrobras se mexer, afirmou à revista que montara essa operação. Disse que, para que a caneta do PT do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli se mexesse e aprovasse o contrato, foi preciso acertar uma doação equivalente a US$ 8 milhões à campanha de Dilma Rousseff.
Para que isso acontecesse, o PMDB ajudaria a enterrar a CPI da Petrobras, relatada pelo senador Romero Jucá. Em troca, a direção da Petrobras, então comandada por Gabrielli, assinaria embaixo do projeto Odebrecht. Houve dificuldades, mas assim foi feito.
Segundo documentos obtidos pela Polícia Federal na casa do executivo Paulo Roberto Costa, o diretor José Carlos Cosenza, que substituiu Costa, continuava a se encontrar periodicamente com o ex-chefe. Despachavam sobre os assuntos discutidos na cúpula da estatal. Os documentos, como e-mails e planilhas, mostram que, mesmo fora da Petrobras, Paulo Roberto continuou seu esquema na Diretoria de Abastecimento. Ajudava a fechar e a prorrogar contratos de quem pagava a ele por isso.
Contratos foram investigados, dentre eles o negócio de US$ 826 milhões fechado em outubro de 2010, durante o segundo turno das eleições presidenciais, entre a Petrobras, maior empresa do Brasil, e a Odebrecht, maior empreiteira do Brasil.
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