A Câmara de Vereadores de Barreiras ainda não se pronunciou sobre a cassação do prefeito Antonio Henrique de Souza Moreira (PP), condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa. O gestor foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), acusado de cometer, em 2001, irregularidades na administração dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
O MPF acusou o pepista de ter celebrado contratos com as empresas Rio das Pedras Transporte e Turismo e a Rena Turismo, por dispensa de licitação, para atender o transporte escolar do município. Em auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a corte de contas apontou fracionamento de despesas para "fugir de processo licitatório" e desvio de finalidade dos recursos empenhados. Antonio Henrique teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por cinco anos por decisão proferida pela Subseção Judiciária da Justiça Federal em Barreiras e ainda pagar multa de R$ 30 mil.
Cabe agora à Câmara Municipal marcar a data para empossar o vice-prefeito eleito Carlos Augusto Barbosa Nogueira (PT), conhecido como "Paê". A reportagem do Bocão News tentou entrar em contato com o presidente do Legislativo barreirense, Carlos Tito Marques Cordeiro (PDT), que já foi informado oficialmente da decisão, mas as ligações não foram atendidas.
Nesta sexta, o prefeito, que permanece no comando do município, se defendeu das acusações em nota enviada à imprensa. “A sentença proferida pelo juiz Federal da subseção judiciária de Barreiras cosntatou que não houve o desvio de um único centavo dos cofres públicos”, afirmou o político. 
Publicada no dia 25 de abril de 2014, às 16h15
