Política

Mais uma batalha na guerra jurídica de Correntina será definida nesta terça

Imagem Mais uma batalha na guerra jurídica de Correntina será definida nesta terça
Supremo Tribunal Federal vai julgar embargo declaratório. Ezequiel Barbosa pode deixar o cargo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/02/2014, às 09h52   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



A troca de cadeiras na prefeitura de Correntina pode chegar ao fim nesta terça-feira (18). O embargo declaratório, que define se o prefeito eleito Ezequiel Barbosa (PSDB) continuará no cargo, será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, às 19h, após ser interrompido no dia 17 de dezembro.

A novela teve início ainda nas urnas. Barbosa foi eleito com 47% dos votos, mas por ter sido condenado em 2004 por improbidade administrativa foi considerado “ficha suja”, tornando-se inelegível. Entretanto, até o momento da eleição o processo não havia sido julgado, e Barbosa foi eleito, porém não tomou posse. O segundo colocado, Laerte Caires (PCdoB) não perdeu tempo e logo após o pleito entrou com nova ação para ocupar o cargo.

Até o fim do ano passado Caires continuava no cargo quando, na sessão que julgava o embargo declaratório, foi pedido vistas ao processo. Os ministros entraram em recesso, porém, no dia 19 de dezembro, o ministro João Noronha decidiu, monocraticamente, conceder uma liminar a Barbosa, que ocupou o cargo.

A decisão de Noronha foi considerada infundada pelo deputado federal e presidente do PCdoB, Daniel Almeida, que fez um apelo ao pleno do Supremo. “Peço que não permitam este absurdo. A população do Brasil não tolera esse tipo de prática, não creio que seja uma posição de magistrados, que devem zelar pelas boas práticas e o impedimento de pessoas com esse perfil na responsabilidade de serviços públicos”, declarou.

De acordo com o parlamentar, a gestão de Barbosa, entre 1997 e 2004, foi marcada por irregularidades e truculência. Dentre os problemas estão o desvio de recursos da merenda escolar do município e doação de terrenos públicos à familiares do tucano. “Com o retorno dele, a cidade voltou aos tempos de truculência, invasão de propriedades privadas, tornando um caos”, reforçou o comunista.

No dia 23 de dezembro, Laerte Caires entrou com um mandato de segurança para a desocupação do cargo por Barbosa. O mandato não foi julgado, mas após decisão desta terça, tudo pode mudar, novamente.

A reportagem do Bocão News tentou contato com o atual prefeito, mas não obteve sucesso.



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