Política

A escolha do vice continua “dividindo” petistas do alto escalão

Imagem A escolha do vice continua “dividindo” petistas do alto escalão
Wagner e Rui Costa divergem sobre o mais indicado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/02/2014, às 14h05   Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)



A disputa entre Marcelo Nilo (PDT) e Mário Negromonte (PP) para compor a chapa majoritária encabeçada pelo secretário chefe da Casa Civil Rui Costa (PT) ainda não terminou. Na última sexta-feira (31), o governador Jaques Wagner conversou com o presidente da Assembleia Legislativa pessoalmente e deve debater também com o pepista na próxima semana.

O sigilo é palavra de ordem nestes encontros, contudo, uma fonte vazou à reportagem do Bocão News algo que não soa como novidade, mas que vem sendo o principal desafio para desatar o nó e resolver a peleja. A especulação dá conta de que Wagner teria uma predileção pelo aliado do parlamento estadual.

Rui Costa, por outro lado, enxerga o PP como partido mais estruturado e instável e, portanto, prefere tê-lo na chapa para garantir não apenas a permanência dos progressistas no grupo como também o engajamento dos aliados de João Leão e Negromonte no corpo-a-corpo tão caro na atual conjuntura política do estado.

Quando opta por Negromonte com receio da saída do PP, Rui Costa conta com a lealdade de Marcelo Nilo. No entanto, o PDT vem conversando com o PSB nacionalmente e corre nos bastidores a informação de que na oposição houve quem o procurasse para discutir o deslocamento do presidente Alba. Em conversa com a reportagem Nilo negou o assédio.

O pedetista não entrou em embate direto com Negromonte, mas deixou claro que conta com o apoio de 20 deputados federais dos 29 da base aliada. Disse ainda que conseguiu o endosso de 95% dos parlamentares estaduais. Na conta do PP estão os prefeitos distribuídos em quase todas as regiões do estado. A briga é de gigantes.

A política de atração consolidada pelo governador Jaques Wagner, no entanto, faz com que qualquer um dos atuais aliados possa deixar o campo político sem prejuízo, pois se trata de uma medida prevista e aceita dentro do tão elevado republicanismo. A certeza de permanência, neste sentido, pode cair.

Vale ressaltar que está descartado qualquer tipo de racha entre Wagner e Rui Costa. O que está posto na mesa de negociação é costura política que melhor fecha a roupa que os governistas vão vestir para disputar a dura eleição de outubro.


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