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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), não promulgou o projeto de resolução que altera o regimento interno da Casa aprovado na última segunda-feira (20). A ação demonstra o poder de fogo do bloco governista, que mesmo arranhado nas últimas semanas com derrotas em plenário, continua forte e recoloca o grupo nos trilhos.
A promulgação aconteceria na sessão desta quarta (22), mas o presidente anunciou que um acordo de bastidores impediria o fato. O líder do bloco governista, José Neto (PT), afirmou, pouco antes de entrar no plenário nesta quarta, que as negociações estavam acontecendo. Poucos minutos antes da sessão, o deputado Carlos Gaban (DEM) ameaçou: se os governistas mantiverem as alterações no regimento interno da Assembleia Legislativa, as quais classificou como “retrocesso”, não haveria possibilidade de acordo.
Minutos depois, porém, o bloco do governo tratou a situação como favas contadas e os acordos e conversas para votar os projetos previstos na pauta da sessão ordinária foram iniciados. Além do Orçamento 2014 do Estado, estão na pauta matérias como a conhecida como “Anticalote”, a PEC do Orçamento Impositivo e outras solicitações dos parlamentares.
Em última análise, o acordo final enterrou o projeto, o que serviu para que os deputados do governo provassem à oposição que as derrotas e instabilidades das últimas semanas eram passageiras. Além disto, que o poder de fogo do bloco do governador Jaques Wagner continua em cima e que o Orçamento poderia ser aprovado sem alterações. Do lado da oposição, evitou-se uma mudança regimental negativa e, ao mesmo tempo, assinalou para a possibilidade real de inclusão de emendas em acordo mútuo.
Ainda é cedo para afirmar qual o rumo da sessão, mas a expectativa é que, outra vez, a votação se estenda pela madrugada. Nas últimas semanas, os deputados têm se acostumado a virar noites em plenário ao longo de cansativas negociações. Oficialmente, 2013 permanece um ano sem fim na Alba.
Publicada no dia 22 de janeiro de 2014, às 16h20
