Política

Marina já admite separação do PSB no apoio a governadores

Imagem Marina já admite separação do PSB no apoio a governadores
Apoio ao PT pode ser o motivo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/12/2013, às 15h59   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O casamento entre o PSB de Eduardo Campos e a Rede de Marina Silva, pelo menos na questão apoio a candidatura de alguns governadores, pode estar com os dias contados.

Dirigentes da Rede Sustentabilidade já admitem separação com o PSB em diferentes disputas estaduais, caso o novo aliado feche alianças com candidatos a governador ligados ao senador Aécio Neves (PSDB) ou à presidente Dilma Rousseff (PT). 

De acordo com a Folha de S. Paulo, em busca de palanques regionais para sua provável candidatura ao Planalto, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, negocia acordos com nomes do PSDB em ao menos seis estados e com petistas em outros dois. Essas negociações não agradam os dirigentes da Rede. Idealizado pela ex-senadora Marina Silva, o partido se uniu ao PSB em outubro após ter seu registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

“Vamos tentar unificar o máximo possível nos Estados, mas, se não tiver unidade, cada um segue seu caminho. A Rede vai construir outra candidatura nesses Estados, que pode ser de outro partido”, disse o coordenador do grupo Pedro Ivo, um dos mais próximos a Marina. No último dia 8, Campos voltou a discutir com Aécio apoio mútuo em alguns estados para reforçar a oposição à candidatura de Dilma.

O PSB cogita apoiar nomes tucanos em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Pará e Ceará, em troca do apoio do PSDB em Pernambuco, Paraíba e Roraima. Campos e Aécio ainda poderão dividir palanque no Rio Grande do Sul, onde ambos deverão apoiar a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao governo.

Mas o pernambucano também poderá dividir palanque com Dilma no Espírito Santo, Amapá, Acre e Rio – nos dois últimos, com candidato petista encabeçando a chapa. No Rio, o senador Lindbergh Farias (PT), pré-candidato ao governo, convidou Romário (PSB) para possível coligação, mas o acordo ainda não saiu. Já no Acre, o PSB tem hoje o vice-governador César Messias e tende a manter a aliança pela reeleição de Tião Viana (PT).

Para integrantes da Rede, a prioridade é lançar candidaturas próprias do PSB para “despolarizar” o debate. “Não tem sentido apresentar uma chapa alternativa ao governo federal para afirmar uma nova política e ter alianças para governo com PSDB ou com PT”, afirma Pedro Ivo.

Bahia - O caso baiano é curioso, já que o PSB lança a senadora Lídice da Mata ao governo do estado, mesmo sendo aliada do PT, e faz oposição ao PMDB. A dúvida é com quem o PSB vai coligar, caso a socialista não passe do primeiro turno. No mínimo terá que escolher entre Rui Costa, Paulo Souto ou Geddel.

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