Política

Agripino: ciclo do PT está no fim

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Presidente afirma que DEM resistiu aos ataques petistas e se manteve coerente durante todo este tempo   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/10/2013, às 08h27   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)




Durante o ato de filiação de três deputados estaduais ao DEM baiano, realizado na última quinta-feira (3), o presidente nacional do partido, senador José Agripino Maia afirmou à reportagem do Bocão News que o “ciclo do PT está no fim”.

Além de tecer diversos elogios a “este jovem e sábio, prefeito (ACM Neto)”, Agripino comentou o novo momento do Democratas no cenário Nacional. A conversa foi breve, mas significativa para demonstrar aquilo que pensa e planeja o presidente da legenda que não foi “extirpada” como defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a perspectiva eleitoral, Agripino relembrou: estive aqui no lançamento da campanha de Neto e ele venceu. Estive em outros momentos exitosos para o Democratas e nossos candidatos. Sou pé quente.


Bocão News: O DEM vive um novo momento? O partido estava em uma curva decrescente e chegou-se a cogitar a ideia de ser “fechado”?

José Agripino Maia: O Democrata vem crescendo desde a eleição passada. Nós entramos com um contingente de eleitores e saímos com dois milhões a mais. Não tínhamos nenhum prefeito de capital e elegemos o da terceira maior cidade do Brasil (ACM Neto em Salvador), Aracajú, da maior cidade do Espírito Santo, e a escala de crescimento está continuando.

Mas a criação do PSD colocou a legenda em uma situação periclitante?

Nós vamos voltar a ser um partido do tamanho que tínhamos antes do ataque realizado pela criação do PSD que foi um instrumento do governo para diminuir o tamanho da oposição. Para tornar o Brasil, se possível, um país com o governo de unanimidade. Nós soubemos resistir com coerência, com atitude e coragem. O povo brasileiro entende nossa luta, prestigia a nossa luta e vai fazer com que a gente volte a ter aquilo que é preciso em uma nação democrática. Uma oposição vigilante. Governo governa e oposição vigia. Por enquanto, sem oposição. Mas dentro de muito pouco tempo podemos passar a ser governo federal.

A política brasileira vem vivendo de ciclos desde 1988. O do PT, na sua avaliação, já está no fim?

Em minha opinião o ciclo do PT está no fim. Porque a economia está estagnada, existe o risco do retorno da inflação, a renda está parada. Educação e Saúde estão em crise. A população está na rua protestando, porque a população não vai para rua protestar de graça. Então, os sinais são claros de que o ciclo está no fim. Se a oposição souber se organizar e tiver as três candidaturas que levem para o segundo turno a disputa de 2014, a oposição derrota o PT no segundo turno.

A oposição diminuiu bastante. O trabalho de fiscalização se tornou mais difícil. Como é que o DEM está se posicionando nesta disputa?

O partido fiscaliza em nome dos princípios. Na hora que a carga de impostos chega a 38% você denuncia porque no seu princípio não tem carga de impostos alta. Na hora que Saúde vai mal a gente denuncia porque está errado. Os nossos princípios são estes. O governo do PT é que está absorvendo os nossos princípios. Ainda bem! São os casos das concessões e privatizações. Prosseguir com o nosso modelo de quebra do monopólio de petróleo, ainda que por um viés errado, não concessões, mas através de um modelo novo de partilha. Está evoluindo dentro dos nossos princípios.

Publicada no dia 05 de outubro de 2013, às 13h05


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