A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) comentou a polêmica retirada de 13 famílias da região do bairro de São Cristóvão para que a Odebrecht construa uma via marginal como contrapartida de erguer o condomínio Hangar no final da Avenida Paralela. Para ela, a situação relatada pela comissão de moradores é similar a diversas outras que ocorrem em toda a cidade no que tange às intervenções urbanas e expõe a grande necessidade da prefeitura instituir o Conselho da Cidade.
Leia mais: Pelo Hangar, Odebrecht e Prefeitura desabrigam famílias de São CristóvãoSegundo Aladilce, o conselho foi criado na nova lei do PDDU e que agora precisa ser formado e empossado. Assim, a vereadora prevê que haja menores distorções no processo de intervenções viárias e imobiliárias uma vez que a sociedade analisaria projetos e ofereceria alternativas em caso de entraves. Sem o grupo, porém, a comunista acredita que Salvador fica à mercê o que considera como “falta de rumo” por parte do poder público.
“É preciso dar um basta nisso. Temos que implantar o Conselho e começar a planejar efetivamente a cidade, que é bastante adensada. Tem que ter critério para expandir a cidade. Tem que discutir, planejar, avaliar o que vai fazer. São inúmeros casos que chegam para nós. Este é mais um deles”, analisou. Um exemplo de como ignorar a vontade popular, segundo ela, foi o recente aterramento de uma lagoa na região da Paralela recentemente. “É um crime ambiental. O conselho não permitiria isso”.
A vereadora diz ser sensível ao argumento institucional de que é preciso montar alternativas viárias e que as remoções são para um bem maior, mas apela para o bom senso. Aladilce explica que os moradores têm direitos e que é preciso haver ações de planejamento social para casos como o do Hangar. Para a vereadora, esta seria mais uma atribuição do conselho, que ao ser consultado traria opções para os moradores removidos.
Postada às 17h49 do dia 27 de setembro
