Política

Dificuldades no horizonte: crise financeira bate à porta da Assembleia

Imagem Dificuldades no horizonte: crise financeira bate à porta da Assembleia
Suplementação volta à pauta do Legislativo   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/09/2013, às 06h28   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O valor necessário para “fechar” a conta da Assembleia Legislativa neste ano ainda não foi revelado. Nos corredores do Palácio Luís Eduardo Magalhães estima-se que o montante está entre R$ 18 e R$ 25 milhões. A quantia acompanha um padrão se comparada à necessidade à suplementação ao orçamento de 2011, quando a conta estava entre R$ 22,5 milhões e R$ 39 milhões.

À época, o orçamento da Assembleia era de R$ 303 milhões. O aprovado para 2013 foi de R$ 369 milhões - o crescimento é de pouco mais de 20% em dois anos. O presidente da Casa, deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), não comenta o assunto, mas questionado sobre os recursos e gastos dos deputados, sustenta que o Poder Legislativo do estado é o 24º do país em orçamento.

“Para se ter uma ideia, nosso orçamento é de R$ 369 milhões e temos 63 deputados. Em Pernambuco, a Assembleia tem 48 parlamentares e uma despesa maior que R$ 400 milhões”, afirmou o pedetista.

Circula nos bastidores (nestes momentos são poucos os deputados que aceitam falar abertamente) que o governador Jaques Wagner havia prometido uma suplementação. O jornalista Levi Vasconcelos, de A Tarde, revelou que o governo já teria repassado R$ 9 mi dos R$ 18 mi que havia prometido. Segue que, com o contingenciamento, a torneira fechou e o mandatário do Executivo não pretende cumprir o acordado.

Marcelo Nilo nega a versão. De acordo com o presidente, que não falou em números, até o momento, Jaques Wagner tem cumprido todos os compromissos assumidos com o Poder Legislativo.

Reflexo

Embora haja certa dificuldade para apurar os fatos e números, o que está evidente é a crise na base aliada. O líder da bancada da maioria, José Neto (PT), afirma que a agenda do governo na Casa está em dia. Contudo, não comenta que novos projetos devem chegar e que para estes a expectativa não perpassa pela facilidade. A coesão da base está comprometida.

Nesta quarta-feira (18), as comissões, salvo a que discute as divisões territoriais e as dos cartórios, tiveram quórum apenas eletrônico. Em conversa com a reportagem do Bocão News, a deputada Ivana Bastos (PSD) afirmou que estava surpresa com a ausência dos pares. Apenas ela e Ângela Souza (PSD) marcaram a presença e se fizeram presentes na reunião.


Publicada no dia 18 de setembro de 2013, às 14h30

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