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Wagner tratou de conflito em Buerarema com ministro da Justiça

Imagem Wagner tratou de conflito em Buerarema com ministro da Justiça
Contato ocorreu ao mesmo tempo em que deputados e produtores foram a Brasília encontrar vice-presidente  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/09/2013, às 16h09   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)



O governador Jaques Wagner debateu nesta quarta-feira (4) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, soluções para o conflito entre indígenas e fazendeiros que assola o Sul da Bahia. A situação – concentrada no município de Buerarema – se estende há semanas, após as primeiras propriedades começarem a ser invadidas pelos índios, até que o conflito atingiu a área urbana.
De acordo com o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), Wagner entrou em contato com Cardozo para municiar o ministério de informações sobre o acontecido. Nesta quinta, o ministro se reuniu à tarde com integrantes da Secretaria da Presidência da República e também da Advocacia Geral da União em busca de um plano de ação. A região já conta há mais de duas semanas com a presença da Força Nacional de Segurança, mas o clima de tensão permanece inalterado.

Segundo a Agência Brasil, a quarta-feira foi também dia de visita a Brasília por parte de deputados estaduais e produtores rurais baianos. Ambos foram conduzidos ao vice-presidente da República, Michel Temer, pelo ex-ministro da Integração Nacional e atual vice de PEssoa Jurídica da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima. Após o encontro, Temer se encontrou com Cardozo para debater a questão.
Por sua vez, Nilo esteve em Itabuna, no Sul do Estado, onde se encontrou com prefeitos da região, em especial o gestor de Buerarema, José Aguinaldo Barreto. Segundo ele, os prefeitos encaram grandes pressões por não terem condições de agir para pacificar o conflito. “É uma situação péssima, um clima muito ruim. Tudo isto depende de uma decisão definitiva da Justiça. Com os índios, você sabe, só a Polícia Federal pode lidar”, explicou.
Nilo conclama que a Justiça tenha enfim uma decisão definitiva sobre a demarcação das terras indígenas e registra que muitos pequenos proprietários estão especialmente sendo prejudicados pela situação. Segundo ele, há proprietários de terras centenárias na região que foram invadidos por índios que queimam a vegetação e destroem casas e que a instabilidade é exclusivamente entre os descendentes indígenas e os chamados “posseiros”. 
“O produtor comum não pode ser envolvido nisto. É preciso que se sentem na mesa o Ministério Público, o Poder Judiciário, os índios, produtores e prefeitos para que tudo isso seja resolvido da melhor maneira. O clima no Sul está terrível”. Nesta semana, conflitos renderam um agricultor atingido por tiros e um indígena morto em uma circunstância ainda não esclarecida, mas que possivelmente se trata de uma emboscada.

Publicada no dia 05 de setembro de 2013, às 16h09

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