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“Chapão” petista não teme novos candidatos

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Com a candidatura de Ernesto Marques, estratégia das tendências deve mudar  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 11/08/2013, às 10h10   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)



Com a candidatura do jornalista e radialista, Ernesto Marques, anunciada nesta sexta-feira (9) para também disputar o Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), a estratégia das tendências deve mudar. Até então, era colocada como praticamente unânime a candidatura do secretário de Organização do PT na Bahia, Everaldo Anunciação.

Apoiado pela Esquerda Popular Socialista (EPS), pela Democracia Socialista (DS), parte da Construindo um Novo Brasil (CNB) e a Reencantar, Anunciação agora vai disputar com o Movimento PT, Brasil Socialista e outros segmento da CNB, que apoiam Marques.

Para o deputado estadual Marcelino Galo a candidatura do jornalista é importante para dialogar com o atual momento político que o PT vem sofrendo. “Essa é uma candidatura que tem um potencial forte. É preciso fazer um debate interno, uma reflexão profunda do momento político do nosso estado e Ernesto tem a capacidade para dialogar com essa conjuntura. Ele tem todas as possibilidades para ganhar e trabalhar bem pelo nosso partido”.

Mesmo com o novo cenário, o atual presidente do partido, Jonas Paulo, garante não temer a derrota do seu candidato, mas afirma que a estratégia deve mudar. “Esse quadro é bem parecido com as eleições de 2009, quando me reelegi. Everaldo aglutina a maioria das tendências com o apoio da maioria dos deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores, mas vamos mudar a estratégia. Graças a Deus, o PT nunca teve unanimidade. Todas as candidaturas são respeitadas e consideradas legítimas”.

Em 2009, Jonas Paulo venceu as eleições internas com 75% dos votos.

Na próxima segunda-feira (12), as candidaturas serão registradas. Já passaram pela pretensão de lançar candidaturas, os deputados federais Afonso Florence, Zezéu Ribeiro, Nelson Pelegrino, Luiz Alberto, o suplente de deputado federal Emiliano José, e o próprio Marcelino Galo.

Os principais desafios para o próximo presidente do PT até as eleições de 2014 são: organizar o partido por territórios, intensificar a formação política e reaproximar a militância, além de diminuir a burocracia.

Nota originalmente postada às 15h do dia 10

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