A pressão para a saída do secretário municipal da Educação em Salvador, João Carlos Bacelar, encurralado por uma série de denúncias das mais variadas espécies, só aumenta. Após o líder da bancada da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Gilmar Santiago (PT), em entrevista ao
Bocão News, dizer que
o prefeito ACM Neto "é refém" do titular da Educação, por causa da força que o PTN ganhou no município e no estado, o líder da bancada do governo, Joceval Rodrigues (PPS), entrou em contato com a redação deste site para mandar um recado ao petista. Joceval alegou que Bacelar ainda não foi condenado em nenhuma das denúncias e que o julgamento antecipado de Gilmar Santiago é precipitado.
Um contrato de R$ 30 milhões firmado no ano passado entre a Secretaria Municipal da Educação e a Fundação Escola de Administração (FEA), da Universidade Federal da Bahia, considerado irregular, levou o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), na última quarta-feira (17), a multar em R$ 30 mil o ex-prefeito de Salvador, João Henrique (PP), e o secretário da Educação da gestão passada, secretário João Carlos Bacelar (PTN), que continua na administração atual do prefeito ACM Neto (DEM).
Joceval Rodrigues saiu em defesa do secretário Bacelar e garantiu que o prefeito ACM Neto não tomará nenhuma decisão precipitada.
“O prefeito não pode pautar a formação do secretário dele apenas por denúncias. Ninguém pode ser considerado culpado, ainda fazendo a sua defesa”, rebateu Joceval, que atribuiu às “perseguições políticas” a enxurrada de denúncias contra o titular da Educação.
“João Carlos Bacelar se elegeu deputado estadual e tem uma base forte na Câmara da capital com seis vereadores. Com isso, obviamente, ele fica muito visado. Essas denúncias apareceram nesse contexto. Temos que dar tempo ao tempo e esperar o julgamento ser concluído”, declarou o líder do governo.
Cai ou não cai?
Além de defender Bacelar e pedir cautela no que considera “condenação precipitada”, Joceval criticou a postura dos petistas. Para respaldar o argumento, o vereador Citou o exemplo da petista secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Moema Gramacho. “Ela teve as contas rejeitadas e, nem por isso, queremos exigir que ela saia. Ela está se defendendo. Existe muita sede em criticar a gestão”, disse.
A cautela pedida para que se esperem o julgamento foi transformada em incerteza após ser questionado se é real a possibilidade de João Carlos Bacelar ser exonerado. “Não tenho essa resposta. Hoje, ele tem a confiança do prefeito ACM Neto”, concluiu.
Nota originalmente postada às 18h do dia 18
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