Com o acirramento das posições antagônicas na política baiana e também a crise política que atinge o governo em Brasília, partidários do PSDB têm engrossado nas críticas à experiência do partido à frente dos governos estadual e federal. Nesta sexta, o deputado federal Jutahy Magalhães, um dos maiores críticos da gestão petista na Bahia, atacou os adversários, mas encontrou resistência na resposta do deputado estadual Joseildo Ramos.Utilizando seu espaço na tribuna da Câmara nesta sexta, Jutahy aproveitou a veia futuróloga e previu o fim da política batizada “lulopetismo” no Brasil. Para ele, a era de um modelo de gestão personalista com as características de pensamento herdadas do ex-presidente Lula chega ao fim com o período de protestos e claudicância de Dilma Rousseff no cargo de presidente.
“Nós estamos diante da realidade atual que demonstra que esse ciclo se encerrou. Um ciclo que teve o auge exatamente no período eleitoral de 2010 quando nós tínhamos a euforia do consumo, o crescimento rápido do PIB puxado pelo consumo, mas ao mesmo tempo a desindustrialização e investimentos baixos”, afirmou Jutahy. O deputado também avaliou que o movimento sindical da última quinta-feira (11) provou que os sindicatos não mobilizam mais o povo e que o PT atualmente causa muito mal ao país.
Em defesa do partido e da gestão, o deputado estadual Joseildo Ramos (PT) disse que o único a não ter “entendido o recado das ruas” é o PSDB, que historicamente jamais ligou para qualquer espécie de manifestação popular. Por conta disto, os tucanos são incapazes de enxergar um governo que, em sua opinião, “retirou milhões de pessoas da pobreza, colocou o país em situação de pleno emprego e melhorou a vida de milhões de brasileiros”.
O ex-prefeito de Alagoinhas também rebateu Jutahy afirmando que o PSDB não tem sensibilidade para tentar entender e explicar ao povo o motivo do plebiscito proposto pela presidente e demonstrou o fato querendo unicamente que a reeleição chegue ao fim. Para Joseildo, os tucanos reelegeram Fernando Henrique Cardoso nos anos 90 “de forma escandalosa e corrupta” e que acumula denúncias de matiz severa, conforme foram retratadas ano passado no livro “Privataria Tucana”.
