Após várias rodadas de negociações com empresários, os trabalhadores da limpeza urbana de Salvador devem paralisar as atividades. A previsão do sindicato é de que no dia 9 de julho seja feita uma greve geral e, caso não seja atendida a proposta da categoria, uma paralisação será realizada.
A categoria reivindica 20% de reajuste salarial, o estabelecimento de um piso salarial, além de melhores condições de trabalho. Os empresários, de acordo com o vereador e diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana (Sindilimp-BA), Luiz Carlos Suíca (PT), “não ofereceram, até agora, nenhuma proposta”
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Segundo o vereador e representante da categoria, os empresários alegam que, por causa do contingenciamento da Prefeitura de Salvador, não têm condições de oferecer o reajuste desejado pelos trabalhadores.
Luiz Carlos Suíca vai mais adiante. Cobra que a Prefeitura de Salvador disponibilize a planilha de gastos das empresas de limpeza “para que haja transparência e todo mundo saiba quais são os limites para as negociações”.
Denúncia
Para explicar a alegada “falta de margem” dos empresários para oferecer o reajuste reivindicado pelos trabalhadores, o vereador Luiz Carlos Suíca denuncia que, segundo o Diário Oficial do Município, de 20 a 25 de junho, houve um descontingenciamento da prefeitura e recursos de mais de R$ 30 milhões que poderiam ser investidos na melhoria da condições de trabalho dos “verdadeiros responsáveis” pela limpeza urbana do municípios.
“Esses trabalhadores são uns guerreiros e não querem parar nem prejudicar a população. São os verdadeiros responsáveis pela limpeza urbana. Estão resistindo às situações mais adversas em prol da população de Salvador. Não queremos greve, mas, pelo o que estamos vendo, será inevitável. Se continuar deste jeito, os trabalhadores vão parar. Queremos sentar para negociar”, declarou Suíca.