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Odebrecht é única empresa brasileira que disputa obra na Argentina

Imagem Odebrecht é única empresa brasileira que disputa obra na Argentina
A empreiteira brasileira concorre à licitação da construção de hidrelétrica  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/06/2013, às 21h05   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Em meio aos problemas com o governo argentino, a construtora Odebrecht quer entrar no país. A empresa foi a única do Brasil selecionada pelo governo de Cristina Kirchner para disputar a obra de construção de duas usinas hidrelétricas no país. Conforme matéria da Veja com conteúdo do Estadão.

As ofertas abertas na terça-feira pelo ministro de Planejamento, Julio De Vido, selecionou apenas quatro consórcios de empresas que permanecerão na disputa para a licitação das obras das usinas Néstor Kirchner e Jorge Cepemic, que pretendem somar 1.740 MW de potência na província de Santa Cruz.

Após a abertura das propostas, o consórcio integrado pela brasileira ficou entre os quatro grupos finalistas para a licitação da obra, orçada em 4,519 bilhões de dólares. A empreiteira está associada à argentina IMPSA e à francesa Alstom. Os outros três consórcios foram formados entre a chinesa Gezhuoba Group e as argentinas Hidrocuyo e Electroingenieria; a espanhola Isolux e as locais Helport, Panedile, Eleprint e Ameghino. E, por último, a chinesa Sinohydro e as argentinas Iecsa, Esuco, Chediak e Austral Construções.

O dono da Austral é o empresário Lázaro Baez, apontado pela imprensa local por ter atuado como testa-de-ferro de Néstor Kirchner, ex-presidente e marido da presidente Cristina Kirchner, que morreu em 2010. Por meio de uma série de reportagens de um programa de TV do Grupo Clarín, feitas pelo jornalista Jorge Lanata, Baez está sendo investigado por sonegação de impostos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros delitos. De acordo com os prazos, o governo deve anunciar os resultados da licitação em menos de um mês.

Lista de problemas - Recentemente o governo argentino decidiu pela estatização de ferrovias que estavam sobre concessão da gigante brasileira América Latina Logística (ALL), decisão que pegou a empresa de surpresa. Outros problemas envolvem também duas importantes companhias brasileiras: Vale e Petrobras. Em março, o Conselho Administrativo da Vale decidiu suspender o projeto de potássiodo Rio Colorado, na Argentina. A suspensão originou uma série de embates e o país chegou a ameaçar a tirar a concessão da mineradora. A Casa Rosada considerou a medida como falta de apoio do Palácio do Planalto. A mesma avaliação foi feita em relação à decisão da Petrobras de não vender seus ativos no país. Há duas semanas, a Petrobras recuou de uma negociação com o grupo Indalo, de Cristóbal López.

Foto: divulgação / Marcos Brindicci / Reuters




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