Publicado em 27/05/2013, às 19h01 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
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O desprezo de setores petistas pelo atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin não é algo novo. A presidente Dilma Rousseff não o recebeu oficialmente e não pisa nos gramados dos novos estádios ao lado do sucessor de Ricardo Teixeira.
Para alem, Marin é apontando como um dos deputados, à época, que apoiaram o pedido de investigação ao jornalista Vladimir Herzog, editor da TV Cultura, que acabou torturado e morto por agentes da repressão da ditadura militar no Brasil.
Outras decisões e associações do mandatário do futebol nacional empurram petistas históricos para o lado oposto do palanque. Neste sentido, conveniências à parte, a movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de apoiar a candidatura de Andrés Sanches não surpreende.
Diferente do colunista da revista Veja, Otávio Cabral, que aponta “a fome petista” que vê “na candidatura de Sanchez, que é filiado ao partido, uma chance de pôr um pé no mundo do futebol, por onde circulam muito dinheiro e potenciais financiadores de campanhas eleitorais”, o apoio tem outras particularidades.
Seria no mínimo contraproducente a um partido que vem defendendo o financiamento público de campanhas eleitorais fincar os pés em um seguimento atrás de dinheiro para pagar a conta. Ora, este é o discurso. No entanto, o embate político partidário não deve ser desprezado.
Marin buscou apoio do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), entre o de outros tucanos e representantes do DEM. Lula tem dado mostras de que não vai recuar. Desmarcou encontro com Marin na inauguração do Estádio Nacional de Brasília, chamado de Mané Garrincha – para desespero da Fifa -.
A presidente Dilma Rousseff também se recusa a encontrar o cartola. Para Sanchez a oportunidade de assumir o cargo está mais do que clara. Segundo publicado por Cabral, na última edição da Veja, Sanchez tem procurado cartolas e governadores em busca de apoio de cinco clubes da primeira e oito federações estaduais, número mínimo para disputar a eleição em abril de 2014.
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