Política

Wagner analisa Mensalão e diz que responsabilidades são individuais

Imagem Wagner analisa Mensalão e diz que responsabilidades são individuais
Governador relatou projeto de reeleição de Lula e acredita que alguns "passaram do ponto" para garanti-lo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/05/2013, às 17h01   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Em entrevista à Veja desta semana, o governador Jaques Wagner (PT) também foi perguntado quanto às responsabilidades no esquema do mensalão. Segundo ele, o julgamento foi justo, mas o que ocorreu no episódio foram responsabilidades individuais a partir de um projeto desenvolvido pelo presidente Lula. A culpa, para o chefe do Executivo baiano, não é do partido.
De acordo com Wagner, que foi ministro do Trabalho e também de Relações Institucionais de Lula, o presidente estabeleceu um pacto com seus aliados a partir de 2003 em busca da eleição de 1.500 prefeitos Brasil afora para garantir a reeleição em 2006. O elaborador do projeto era o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, que sentou-se com os presidentes de partidos para fazer a conta do investimento. Daí começou o problema.
O governador diz não saber de onde veio o dinheiro para financiar a empreitada, mas afirma que certamente ele veio de algum lugar. “Se você chama dez partidos e diz que cada um tem que eleger 100 prefeitos, o cara vai dizer: ‘E aí, cara pálida, como eu vou fazer essa campanha? Os partidos apresentaram o seu preço. Como foram buscar esse dinheiro? Não sei, mas deu no que deu”, avaliou. 
Na análise histórica do mandatário estadual, os excessos registrados partiram de integrantes do projeto de eleição de administradores que, no afã de garantir o projeto, passaram do ponto. Ele não disse, porém, se se tratavam de parlamentares em Brasília ou de representantes em outras esferas. Diante disto, acredita, o julgamento do esquema pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é justo.
“Não quero julgar o julgamento do Supremo – julgamento é julgamento, no máximo você pode recorrer. Se o resultado foi ruim, sinto muito. É o Supremo, cujos ministros, em sua maioria, foram indicados pelo PT”, assentiu. Jaques Wagner disse ainda na conversa que desconhece qualquer relação de “toma lá da cá, de pega dinheiro aqui e volta ali” em relação ao Mensalão.

Nota originalmente postada às 16h do dia 12

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