Política

Deputado garante que PDT não é submisso ao PT

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Félix Mendonça Júnior abriu o jogo e espera que Wagner dialogue mais com a base  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/03/2013, às 09h20   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O PDT vive um momento impar em sua história na política baiana. Essa é a opinião do deputado federal Félix Mendonça Júnior, uma das lideranças mais ativas do partido na Bahia, e que representa a sigla na capital federal. Em entrevista publicada na Tribuna da Bahia desta segunda-feira (25), o parlamentar fez uma breve avaliação do governo Jaques Wagner (PT), que em 2014 finda um ciclo de oito anos à frente do Estado.

Félix elencou os erros e acertos do governador petista e destacou alguns avanços promovidos por Wagner, mas criticou a atuação na região castigada pela seca no estado. “Um acerto foi ele ter feito um grande trabalho na área de água e de saneamento básico. As estradas estão aí, visíveis como as condições de tráfego estão melhores, construção de hospitais também foi um grande acerto. Um erro não, mas algo que ele pode melhorar mais é a educação em tempo integral e a defesa de medidas para minimizar a seca, não só o governo estadual como o federal”.

Para o deputado a proximidade entre Marcelo Nilo e Wagner, o PDT e o próprio conselho político não pode ser colocado como um sinal de submissão dos pedetistas aos petistas na Bahia. “O PDT não é subserviente. Nós temos um candidato a governador que é o deputado Marcelo Nilo. A proximidade dele sendo maior ou menor com o governador não muda os rumos do partido. O partido tem os seus ideais, tem uma linha. Nenhum deputado, nem eu, nem Marcelo, nem Paulo Câmara, nem Roberto vai poder mudar a linha do partido. O partido é maior do que um deputado e do que uma pessoa isoladamente”.

Questionado sobre a diálogo entre Jaques Wagner e a base, Felix criticou a postura do governador baiano. “Eu sinto falta desse diálogo. Eu acho que o governo deveria conversar mais com aqueles que estão lá nos municípios, verificando de perto o que está acontecendo, por exemplo, com a seca, viajando, correndo a Bahia, e os deputados federais também têm essa participação. Eu sinto que se limita um pouco os diálogos com os deputados estaduais e com os federais, é como se dissessem assim: eles são problemas do governo federal ou uma solução do governo federal, mas nós representamos a Bahia em Brasília”.

Diferente da opinião do governador, o parlamentar observa com bons olhos a antecipação dos pré-candidatos para a disputa de 2014. “Essa antecipação é boa. As pessoas precisam se interessar por política, não podem ficar reclamando. São aqueles políticos eleitos para governador, presidente da República, para a Câmara dos Deputados, para a Assembleia, para a Câmara de Vereadores que vão mudar os rumos do saneamento básico, da segurança pública, do convívio com a seca, que não é um problema emergencial, pois está aí todo o ano”.

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