Mudanças na Alba: sala do cafezinho está fechada para assessores
Publicado em 15/03/2013, às 07h35 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
compartilhe:
Os assessores parlamentares não poderão mais frequentar a antessala do plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. A decisão foi adotada pela Mesa Diretora da Casa para atender uma solicitação dos próprios deputados, conforme explicou à reportagem do Bocão News, o primeiro secretário da Casa, Paulo Azi (DEM).
Nesta quinta-feira (14), assessores de alguns deputados, que preferiram não ter a identidade revelada, denunciaram a restrição. Contudo, de acordo com Azi, - a primeira secretaria é responsável pela organização do espaço – diversos parlamentares andavam incomodados com a presença de prepostos dos colegas em um espaço pequeno.
“São 63 deputados. Temos lugar para 12 pessoas sentarem. Algumas pessoas chegavam lá e ficam. Pares atendiam lideranças no espaço comum. Precisávamos organizar. Outras medidas serão adotadas nas próximas semanas. A restrição é para assessores, a imprensa continuará a ter acesso ao local normalmente”, afirmou o parlamentar.
Embora haja insatisfação por parte de quem estava acostumado a frequentar o espaço, o democrata ressalta que a decisão não foi arbitrária e reafirma que os próprios colegas solicitaram a reorganização do local. Ainda assim, a tarefa de reeducar os próprios pares não será das mais fáceis.
Outra área que sofrerá alteração é a Tribuna de Imprensa. O pequeno local tem uma capacidade limitada e as cadeiras são ocupadas por assessores políticos dos parlamentares, de imprensa, repórteres de veículos e lideranças políticas. Segundo Azi, o espaço deverá abrigar apenas jornalistas. “Os assessores de imprensa e repórteres terão acesso. A tribuna é para imprensa. Quem deseja assistir a sessão pode utilizar as galerias”.
Descentralização
Na última quarta-feira (13), Azi “apagou um incêndio” iniciado quando um jornalista teve o acesso negado à antessala. Na oportunidade, não soube precisar de onde partiu a ordem, mas revelou que um grupo de trabalho havia sido estruturado para propor alterações nas áreas de convívio do primeiro andar do Palácio Luís Eduardo Magalhães.
A iniciativa foi incentivada pelo presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), que começou um processo de descentralização administrativa, após seis anos de concentração. Os parlamentares não falam abertamente sobre o assunto, mas não são poucos os que criticam a forma do pedetista comandar o Poder Legislativo.
Nos corredores corre que neste quarto mandato como presidente, Nilo vai distribuir as tarefas como estabelecido no regimento da Casa. A decisão não significa necessariamente que ele mudou a mentalidade, mas que precisará de mais tempo para se dedicar aos novos projetos, como o de tentar viabilizar a candidatura para o governo do estado em 2014.
Além desta “ajuda”, o presidente deixa outros deputados realizarem os trabalhos para os quais, através de acordo, foram eleitos. Os componentes da Mesa Diretora recebem verba extra e têm atribuições que vão além de presidir a sessão na ausência do presidente, contudo, era preciso modificar a filosofia de trabalho.
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa
Política de Privacidade e, ao continuar navegando,
você concorda com essas condições.