Política

Bloco promete dificultar aprovação das contas da prefeitura

Imagem Bloco promete dificultar aprovação das contas da prefeitura
PSDB, PSB, PPS e PSL se unem e prometem atuação independente e não seguir nenhuma liderança   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/01/2011, às 16h58   Ivana Braga



De olho no julgamento da sua prestação de contas, que foi reprovada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o prefeito João Henrique patrocinou ampla movimentação no seu secretariado buscando criar uma base de sustentação mais sólida na Câmara de Salvador para reverter o parecer do TCM recomendando a rejeição.  Se essa era a intenção mesmo do prefeito, ele terá que fazer novas manobras para garantir a maioria absoluta de votos no Legislativo Municipal.

Isso porque, vereadores independentes acabaram de criar um novo bloco que, unido à oposição, promete dá muita dor de cabeça a João Henrique. O bloco, formado pelo PSDB, PPS, PSB e PSL, é integrado por seis vereadores que se consideram independentes e prometem não seguir nenhuma liderança e legislar em benefício da cidade. “Não vamos ser oposição, mas não pretendemos facilitar a vida do prefeito. Nosso objetivo é aprovar as matérias que sejam do interesse da cidade, da população, e não da administração”, adiantou o vereador Paulo Câmara (PSDB).  

Diante dessa postura, dificilmente o prefeito João Henrique vai conseguir maioria absoluta (28 votos) para reverter o parecer do TCM que recomendou a desaprovação das suas contas. Isso porque, ao novo bloco pode ser somado o voto da vereadora Andréa Mendonça, do DEM, e dos oito vereadores de oposição, o que totaliza 15 votos.

A direção a ser conduzida pelo PMDB pode ainda complicar mais a manobra política de João Henrique. A indicação do vereador Alfredo Mangueira não é interpretada como “agrado” ao PMDB, legenda a qual é filiado o vereador.

Mesmo dentro da Câmara, o vereador Mangueira não é visto pelos colegas como um “peemedebista puro sangue”. Ele sempre foi visto como individualista e o fato de ele ter sido deslocado para a Casa Civil da prefeitura não alivia as tensões entre o Palácio Thomé de Souza a legenda e os demais vereadores do PMDB.

O presidente do PMDB, Lúcio Vieira Lima, já adiantou que Mangueira não representa o partido na equipe de João Henrique, até porque, nem o prefeito, filiado e membro da executiva regional, nem o vereador se deram ao trabalho de comunicar ao partido suas decisões, o que é interpretado por Lúcio como escolha individual, não partidária.

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