Política

Petistas recuam e devem mudar projeto que cria Agersa

Publicado em 21/11/2012, às 09h02   Luiz Fernando Lima (Twitter @limaluiz)


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A expectativa em torno da votação do projeto que cria a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) foi amplificada após a reunião da bancada de deputados petistas, realizada no início da tarde desta terça-feira (20), no Palácio Luís Eduardo Magalhães.

O líder do PT na Casa, Yulo Oiticica, revelou que os pares esperam apresentar emendas ao projeto para modernizá-lo “ainda mais”. Não entrou, no entanto, no mérito das mudanças. De acordo com ele, a ideia é construir uma agência que seja uma instituição a serviço do Estado e não de governos.

Outros deputados saíram com um discurso menos condescendente do encontro. Um deles afirmou que a bancada se rebelou. Não revelou quais as insatisfações, deu pistas que há uma sensação de injustiça pela forma que serão preenchidas as vaga. A tese foi negada com veemência por Oiticica e pelo relator do projeto Joseildo Ramos.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, Ramos afirmou que a bancada deseja discutir aspectos de “ordem técnica” com Raimundo Filgueiras, da secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).

O parlamentar preferiu não detalhar os pontos em questão. Segundo ele, não acrescentaria em nada ao debate.
O que se coloca como principal ponto de entrave é mesmo a forma de preenchimento das vagas da agência. No projeto original, os cargos seriam ocupados a partir de indicações e nomeações.

Os petistas, ao que parecem, aderiram ao discurso da oposição, que desde a semana passada, reivindicou a autoria da emenda, recusada inicialmente, para que os cargos fossem preenchidos via concurso público ou, pelo menos, que os indicados fossem ouvidos e avaliados pelos parlamentares.

Amanhã, oposição e situação ouvirão o representante da secretaria e à tarde, a princípio, aprovarão a matéria. Dado como certo mesmo é que a direção da agência será ocupada por um indicado do ex-senador César Borges (PR), recém aportado no governo Jaques Wagner.

Vale lembrar que o projeto seria aprovado há três semanas. Não foi. Primeiro o deputado Bruno Reis (PRP) pediu vistas e protelou a votação em uma semana. Na última semana, após obstrução e muita discussão, o projeto foi retirado e voltará a plenário nesta quarta.


Foto: Edson Ruiz


Publicada no dia 20 de novembro de 2012, às 16h42

Classificação Indicativa: Livre

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