Política

João Henrique diz que midia é

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Em conversa com Zé Eduardo, prefeito se exime dos problemas e joga culpa na mídia que só quer "criticar"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/12/2010, às 10h01   Liz SIlveira



Convidado desta quinta-feira (16) do Programa do Bocão, na Rádio Sociedade (740AM), o prefeito João Henrique justificou o aumento da carga tributária de Salvador alegando que as taxas municipais são as última a serem pagas pelo contribuinte porque as punições dos governos federal e estadual para os inadimplentes são mais pesadas. O prefeito esqueceu de dizer, no entanto, que a prefeitura é a úinica que beneficia o mau pagador com anistias ou redução de multas e juros. 

"Hoje em dia estamos administrando a prefeitura com recursos arrecadados do município. O cidadão tem que pagar impostos municipais, estaduais e federais. Porém, o municipal é sempre o último a ser pago, já que as punições aplicadas aos que não pagam os impostos federais são muito mais severas. Nesses anos que estou à frente da prefeitura, estamos caminhando com nossas próprias pernas", disse João Henrique.

Questionado por Zé Eduardo sobre como a prefeitura tem administrado os problemas com as empresas terceirizadas de coleta de lixo, o prefeito apontou o crescimento das construções civis como um dos grandes causadores do aumento de lixo nas ruas pois, segundo ele, é produzido muito entulho com os restos dos materiais utilizados nas obras, o que estaria atrapalhando muito as coletas.

A prefeitura também tem terceirizado diversos serviços e, ao justificar essa prática, JoãoHenrique disse que há muito tempo a administração municipal não realiza concursos, por isso existe grande deficiência de servidores. “Apelou-se nas últimas décadas para as terceirizadas. Sou contra, é um grande mal ao município, pois vai debilitando nossos recursos”, assinalou sem no entanto informar que é dele a competência de realizar o concurso público.

Zé Eduardo aproveitou o gancho sobre a situação financeira da prefeitura perguntandi sobre a criação da Secretaria do Meio Ambiente, mas o prefeito alegou que não será mais possível, por causa da queda do repasse da União e a atual dificuldade de caixa da prefeitura.

Sobre a deficiência na quantidade de ônibus que circulam  à noite, o prefeito disse que “acima de tudo, trata-se de um problema de segurança pública". "Os motoristas e empresários afirmam que está muito perigoso rodar com os veículos em determinados dias e horários”.

Indagado sobre os crescentes congestionamentos, o entrevistado alegou que a administração municipal não está conseguindo acompanhar a velocidade de colocação de novos carros nas ruas e que, além disso, a geografia de Salvador não colabora com a situação.

Para finalizar, o prefeito falou sobre a relação de amizade com o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, afirmando que ao longo de sua vida, nunca cultivou inimizades e que com Geddel não seria diferente. "Não caio nesse jogo de intrigas que criam, a mídia é muito sangrenta e faz de tudo para criticar a prefeitura. Somos do mesmo partido e há coisas que estão acima disso, como a cidade e a qualidade de vida de nossa gente. Nós temos crescido, o soteropolitano tem melhorado de qualidade de vida”, esquivou-se o prefeito.

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