As obras do metrô de Salvador podem ganhar nova categoria. De novela sem fim a filme de terror. Mas são tantos os mistérios envolvendo a obra, que nem daria para ser finalizado em um longa-metragem. Na coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, o jornalista Levi Vasconcelos comenta nesta terça-feira, 2, as especulações de Wagner sobre "o espetáculo mais deprimente que a administração da cidade já viu".
"Pelo que o governador Jaques Wagner disse ontem ao apresentador Raimundo Varela no programa Balanço Geral (TV Itapoan), o metrô de Salvador está nos trilhos no sentido literal, mas está totalmente fora no lado organizacional. E ainda vai demorar um bom tempo para funcionar. Wagner afirmou que falta saber quem vai operar o metrô, se uma instituição pública ou uma empresa. Ou, conforme as palavras do próprio, saber quem vai cobrar os bilhetes e obviamente administrar o equipamento. Ora, sequer se sabe como e quando o Estado vai assumir o metrô (financeiramente quebrada, a prefeitura de Salvador não tem condições). O caso torna-se espantoso quando toma-se conhecimento de que após tantos atrasos, na hora de botar a geringonça para andar, ainda não se sabe como opéra-la. Definitivamente, o metrô de Salvador entra para a história como o espetáculo mais deprimente que a administração da cidade já viu. Era para ser o que há de mais moderno em matéria de transporte de massa, mas virou um emblema de corrupção. Agora agregou outro mau valor, o da incompetência".
Então, é isso aí!
