Política

Mudança na produção do pãozinho gera polêmica

Imagem Mudança na produção do pãozinho gera polêmica
Sindicato rechaça projeto de Mário Negromonte. Secretário, defende proposta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/05/2012, às 10h43   Redação Bocão News




O projeto de Lei proposto pelo deputado estadual Mário Negromonte Júnior (PP) continua provocando reações dos setores produtivos e as consequentes respostas dos que defendem a matéria.

Na audiência pública realizada na última terça-feira (8) na Assembleia Legislativa a discussão esquentou. De acordo com nota enviada à imprensa, o presidente do Sindicato dos Panificadores da Bahia, Mário Pithon, chamou a proposta do parlamentar de “plágio”.

Negromonte se defendeu das acusações, mas os dois não se entenderam. Ao colunista do jornal A Tarde, Levi Vasconcelos, o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, que também é do PP, saiu em defesa do correligionário.

Um dos argumentos de Pithon aponta para a baixa produtividade da mandioca na Bahia, em média 12 toneladas por hectare, que é inferior à nacional. “O projeto não leva em consideração que São Paulo, por exemplo, tem uma média de 24 toneladas por hectare e pode inundar o mercado baiano com produtos mais baratos”.

Em resposta, Salles afirma que “quem se coloca contra uma proposta de lei como a do pãozinho baiano, que atende milhares de pobres do nosso Estado e que podem agora ter acesso ao pão mais barato e com qualidade, tem que ser muito egoísta. É muita insensibilidade”, disparou o comedido secretário.

O presidente do Sindipan defende que o governo deve colaborar com a atividade de outra maneira. “Há quem diga que, na Bahia, a agricultura familiar conta apenas com três incentivos: a mão, o facão e o carrinho de mão. Grande parte desses produtores desconhecem as informações básicas para aumentar a produtividade”.

Em nota enviada à imprensa, o presidente do sindicato argumenta ainda que “a proposta não informa como será feito o controle da comparação dos preços do trigo e da fécula, que podem oscilar em um mesmo dia”.

O secretário, do outro lado, ressalta que é possível produzir mandioca em todo o território baiano e que a planta é resistente à seca e à adição só será obrigatória quando o preço da fécula for menor que o da farinha de trigo. “A visão do Sindpan é muito curta”, disse ao jornalista de A Tarde.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp