Política

Perillo volta a negar interferência de Cachoeira no governo goiano

Publicado em 18/04/2012, às 06h32   Guilherme Vasconcelos



O governador de Goiás, Marconi Perillo, negou nesta terça-feira (17) ter recebido qualquer indicação para preenchimento de cargos públicos do empresário goiano, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de exploração de jogos ilegais.

“Todos os funcionários do governo goiano são escolhidos por competência técnica. Desde agosto do ano passado, todas as mais de 800 gerências administrativas são preenchidas rigorosamente pelo critério de meritocracia”, afirmou o governador, que participou hoje de uma reunião de governadores do PSDB, em Curitiba.

Perillo disse ainda que mandou apurar todas as denúncias envolvendo as relações de Cachoeira com funcionários do governo goiano. Disse que, apesar de terem pedido afastamento dos cargos, não há nada comprovado contra as pessoas citadas na investigação da Polícia Federal. “Os secretários é que indicam boa parte das pessoas que vão compor as suas equipes e eles têm responsabilidade por estas indicações”, ressaltou o governador.

O governador goiano rechaçou com veemência as suspeitas de que teria agido para defender interesses do contraventor. “Jamais alguém teria ousadia para me procurar como governador para tratar de assuntos que dissessem respeito a atos ilegais”. E garantiu que não há omissão do governo do estado em relação à contravenção ou crimes de qualquer natureza.

Marconi Perillo informu que, desde janeiro do ano passado, a Polícia Civil goiana deflagrou cerca de 400 operações no estado para apreensão de máquinas caça-níquel. Das 1.902 máquinas apreendidas, mais de 100 já foram destruídas e o restante aguarda autorização judicial.

Sobre as relações da Construtura Delta, do empresário Carlos Ramos, com o governo de Goiás, Perillo informou que se limitam a apenas dois contratos: um de locação de 2 mil veículos para a área de segurança pública, licitado em 2009, e outro referente a dois lotes de obras de reconstrução de 2,08 mil quilômetros de rodovias estaduais.

“Participaram da licitação 96 empresas de todo o Brasil e tivemos uma economia nas obras em um valor de R$ 170 milhões. A Delta venceu com deságio de 23%. E são contratos pequenos”, disse o governador goiano.
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