Política

Corte no Orçamento do estado pode ser de R$ 1.1 bilhão

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Em 2011, o contingenciamento foi de R$ 1 bi. Secretários devem anunciar a medida na próxima semana   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/03/2012, às 11h47   Luiz Fernando Lima


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Na última segunda-feira (5), o plano de contingenciamento e corte do orçamento do governo estadual fez a sua primeira vítima: a Feira dos Municípios prevista para acontecer entre os dias 28 e 31 deste mês. De acordo com o secretário da Fazenda, Carlos Martins, esta não será a última.

Martins revelou à reportagem do Bocão News que na próxima semana, provavelmente, haverá uma coletiva para anunciar o plano de contingenciamento do Poder Executiva da Bahia. O chefe da pasta não antecipou os números, mas deu uma pista. “Vamos seguir no mesmo caminho do governo federal”.

Sendo assim, pode-se estimar que o corte deve ficar em torno de 1.1 bilhão nos R$ 29 bi. Isto porque em 2011, o governo federal contingenciou R$ 50 bilhões enquanto a Bahia cortou R$ 1 bi. Este ano, o da União foi de R$ 55 bi. “Não posse antecipar qual será o plano, mas vamos convidar a imprensa para anunciar”.

Ainda em 2011, os cortes provocaram diversas reações negativas, principalmente, na área da educação universitária. No plano federal, as criticas, em 2012, voltaram-se todas para a redução de verbas aplicadas na Saúde.

Por aqui, ainda não se tem informações precisas, mas as portarias de convocação da secretaria da Administração publicadas nos Diário Oficial dão pistas de que haverá um endurecimento ao “desperdício e mal uso de dinheiro público”.

Em 2011, Martins
justificou o corte. “Vamos ter uma redução de R$ 360 milhões nos custeios monitoráveis, que constitui em diminuir a despesas com terceirização, viagem, frota, material de consumo, água e energia. Ao mesmo tempo vamos bloquear R$ 700 milhões nos investimentos. Isto significa não autorizar o inicio de nenhum investimento novo, obras e ampliação de serviços em qualquer área até 30 de junho”, afirmou.

Secretários

No ano passado, sentaram-se à mesa para anunciar o corte: Manoel Vitório (Administração), Carlos Martins (Fazenda) e o então recém empossado, Zezéu Ribeiro (Planejamento). Neste ano, é possível que no lugar de Zezéu já esteja o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli – que tem posse marcada para o dia 13.

A coletiva deve ser uma das últimas, se não a última do secretário da Fazenda enquanto chefe da pasta. Martins vai se descompatibilizar no final do mês para se dedicar exclusivamente à eleição em Candeias. Manoel Vitório permanece “firme e forte” à frente da Administração estadual e é um dos poucos quadros da gestão Wagner que não teve o cargo “em risco” nos últimos seis anos.

Foto: Aristeu Chagas // Bocão News

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