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"Há crimes de responsabilidade", diz presidente do NOVO Bahia após adesão ao impeachment

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Diretório nacional do partido declarou que apoia impedimento de Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 05/07/2021, às 16h44   Henrique Brinco



O presidente do diretório estadual do partido NOVO na Bahia, Francisco Calmon, falou ao BNews sobre a adesão nacional da sigla ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Em nota divulgada nesta segunda-feira (5), a agremiação apontou que chefe do Planalto cometeu crimes de "omissões e péssimas ações na gestão da pandemia, descaso com a aquisição das vacinas e possível prevaricação em denúncia de esquema de corrupção na compra do imunizante Covaxin".

"O presidente teve tudo para emplacar as promessas de campanha; acabar com o toma lá dá cá, atuar nas reformas estruturantes e focar em privatizações. Infelizmente, em poucos meses de mandato já pensava em reeleição", lamenta Francisco. 

Nos bastidores, a adesão do NOVO ao impeachment é interpretada como um forte indicativo de que o empresariado começa a dar sinais de insatisfação com o presidente, uma vez que a agremiação é majoritariamente formada por membros ligados à iniciativa privada.

O presidente do diretório aponta ainda, nas palavras dele, que "ao ter sua família investigada, [Bolsonaro] tratou de interferir na PF, apoiar um presidente da câmara envolvido em inúmeros escândalos e por fim, distribuir cargos ao centrão". Ele ainda classifica Bolsonaro como "negligente e negacionista".

"Somado a tudo isso, negligente e negacionista, zombou da pandemia, custando vidas e também o atraso na reabertura econômica, diferente dos países que priorizaram a vacinação e hoje emplacam o início do novo normal. Diante dos fatos apontados pela CPI e consulta a juristas, notoriamente há crimes de responsabilidade, culminando para a abertura do processo de impeachment. Apesar de reconhecer que a CPI também está sendo usada como palanque para alguns políticos adversários de esquerda", critica.

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