Política
Publicado em 15/06/2021, às 18h25 Henrique Brinco
O deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) se disse vítima de "fake news" após ver seu nome relacionado em posts nas redes sociais como se fosse contra a revitalização do Rio São Francisco. A polêmica começou após boa parte da bancada baiana votar contra o projeto de desestatização da Eletrobras. Segundo ele, a revitalização do Rio foi incluída como um "jabuti" dentro do texto.
Félix esclarece que votou pela aprovação da emenda do São Francisco, mas que foi contra o projeto de desestatização da estatal. "É uma empresa que é estratégica para o Brasil, que dá resultado positivo e coordena as águas no Brasil. No mundo inteiro, empresas semelhantes são de responsabilidade do Estado. Querem entregar para a iniciativa privada a gestão das águas. Todos somos a favor da revitalização do São Francisco, mas não pode ter esse custo da privatização da Eletrobras", rebate, em entrevista ao BNews.
Segundo ele, os ataques que a bancada baiana vem sofrendo são "quase uma fake news oficial'. "Você está colocando um 'jabuti' no projeto para dizer 'quem votou contra a privatização é contra o São Francisco'. Quer privatizar a Eletrobras, coloque o peito e diga", dispara.
Na última semana, o deputado federal Elmar Nascimento (DEM) veio a público criticar os parlamentares que votaram contra o projeto. Em entrevista ao programa "BNews Agora", da Piatã FM, o parlamentar criticou a esquerda que sempre defende as estatais. "Eu me tremo todo quando vejo essa defesa", ironizou.
No projeto, para a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, a MP determina o aporte de total de R$ 350 milhões ao ano, corrigido pelo IPCA, para projetos de aumento da recarga do rio por meio das vazões dos afluentes e para projetos de flexibilidade de operação dos reservatórios.
Além do dinheiro, usinas da Eletrobras na região, sob controle da Chesf, deverão fazer contrato com o operador do projeto de integração das bacias do rio São Francisco com as do Nordeste Setentrional a fim de disponibilizar um montante médio anual de 85 MW por 20 anos ao preço de R$ 80,00/MWh corrigido pelo IPCA.
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