Política

Após elogios a Queiroga, Vilas-Boas diz que vai aguardar atuação como ministro e brinca: "Torcer para que fale menos"

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Queiroga não substituiu o general Eduardo Pazuello efetivamente, mas logo que foi confirmado o convite, contemporizou ao falar de médicos que receitam medicamentos ineficazes contra a Covid-19  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 23/03/2021, às 09h53   Luiz Felipe Fernandez



Depois de elogiar Marcelo Queiroga, médico escolhido por Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Saúde, o secretário Fábio Vilas-Boas se pronunciou sobre as declarações polêmicas do cardiologista sobre tratamento precoce e lockdown.

Queiroga não substituiu o general Eduardo Pazuello efetivamente, mas logo que foi confirmado o convite, contemporizou ao falar de médicos que receitam medicamentos ineficazes contra a Covid-19, e disse que lockdown não poderia ser encarada como política pública.

"Eu prefiro aguardar as ações e acreditar nelas mais do que nos discursos. Vou esperar que Marcelo consiga, através do trabalho, mostrar como ele pode ser um bom ministro. E torcer para que ele fale cada vez menos", disse o titular da Sesab em entrevista a José Eduardo, na rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (23).

Vilas-Boas ressaltou as qualidades de Queiroga que tinha listado em publicação nas redes sociais, como a capacidade de diálogo e, principalmente, experiência na área de saúde.

'KIT COVID'

O secretário alertou para o uso de medicações como ivermectina e cloroquina, comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus, e que tem causado complicações em muitos brasileiros.

"[...] a ivermectina faz mal na dose que vem sendo preconizada para a Covid. Ela tem causado hepatite, necrose hepática, insuficiência e falência hepática. Algumas pessoas precisaram ser transplantadas com urgência. No Brasil, como não existe transplante em urgência, as pessoas estão morrendo por toxicididade por ivermectina", lamentou.

Em alguns municípios da Bahia, como Porto Seguro, o chamado 'kit Covid', que inclui estes remédios como forma de tratamento precoce para a doença, tem sido distribuído e adotado como política pública.

Questionado sobro o caso de Porto Seguro, que inclusive tem como secretário de Saúde do município a Dr. Raíssa, famosa por ter pedido o envio de cloroquina ao presidente Jair Bolsonaro, o secretário Vilas-Boas se resmiu a dizer que a situação é apurada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e MPF.

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